quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Bom ano 2010 para todos

Desejo-vos aquilo que mais quero, saúde para mim e para todos.

Sem saúde, de nada serve tudo o resto.

Até para o ano.

Fair Play

Ao ver ontem um jogo da liga inglesa não pude deixar de reparar que nem nas "férias" os clubes ingleses param. Fez-me ver o calendário da liga portuguesa e os jogos que faltam para os diversos clubes portugueses.

Constatei que a Europa League se vai disputar nos dias 18 e 25 de Fevereiro, como Sporting e Benfica foram ambos cabeças de série no sorteio, irão as duas equipas disputar a segunda mão da eliminatória em Lisboa, tendo em conta que a UEFA não permite que se realizem jogos no mesmo dia na mesma cidade ficou decidido que o jogo do Sporting será antecipado na primeira mão e o jogo do Benfica será antecipado na segunda mão, isto faz com que o Sporting jogue a 16 e 25 e o Benfica a 18 e 23. No fim de semana de 20-21 de Fevereiro disputa-se a 20º jornada da Liga Sagres. Como já acontece no planeamento dos jogos da liga portuguesa raramente um clube faz 3 jogos em 7, antecipando jogos para sexta ou atrasando jogos para segunda ou terça, alargando assim os prazos de descanso.

Se é melhor para os clubes, certamente, mas na minha opinião acaba por disvirtuar o tão falado Fair Play.

Isto para levantar uma questão: Será que o jogo Benfica-Leiria se realizará num dos dias 20-21 de Fevereiro? Ou irão os dois clubes acertar uma nova data? Isto não levaria à falta de Fair Play caso o jogo da 23ª jornada da liga Alemã Freiburg-Hertha não se realize nesse mesmo fim-de-semana. Assim será igual para os dois.

Mas será que algum dos jogos vai ser adiado? Qualquer um dos clubes que venha a ser beneficiado com a não realização de um jogo durante o fim-de-semana irá beneficiar de um mair período de descanso, ganhando vantagem perante o seu adversário, será que a UEFA não terá uma palavra a dizer neste processo?

Iremos ver se há algum dos clubes que irá cair nessa tentação, mas...eu cá tenho um feeling do que irá acontecer...Daqui a umas semanas falamos.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Trabalhar por objectivos - Caça à multa

Sou a favor do trabalho por objectivos, alias faz parte do âmbito do meu estudo/trabalho.

Hoje circula uma noticia de que os trabalhadores da EMEL recebem 250€/mes por atingirem um determinado número de bloqueios de automóveis. E então?

Os vendedores não recebem mais quando vendem mais?
Os agricultores não recebem mais quando produzem mais?
O comerciante não lucra mais quando vende mais?

Então porque é que o senhor que trabalha na EMEL não deve receber mais por apanhar mais prevaricadores?

Uma coisa é saber se o estacionamento deve ou não ser pago em certas zonas, quem o deve pagar e quais os valores a pagar, outra coisa é não cumprir as regras, quem não cumpre deve ser penalizado, não deverá ser assim?

Faz-me lembrar a tão dita frase "caça às multas" na estrada, mas não deveriam estar sempre as entidades competentes à caça à multa? Só é multado quem não cumpre o código. Deverá haver uma função pedagógica/sensibilização e todos têm o direito a errar, o problema é quando se erra muitas vezes, assim como há uma base de dados para os infractores, deveriam também ser registadas o número de "ofertas" que quem fiscaliza concede. Assim quando alguém for apanhado pela segunda ou terceira vez já não se pode queixar de caça à multa. Deve é pagar a coima a dobrar, porque pelos vistos não aprendeu a lição à primeira.

Quem não deve não teme, e quem pisa o risco tem de compreender que não o pode fazer. Não pode o justo pagar pelo pecador.

Curiosamente vem num jornal diário a seguinte frase: "Excesso de velocidade, falta de cinto e uso de telemóvel ao volante são alguns dos exemplos das infracções que as patrulhas estão instruídas para detectar e penalizar". Então e....qual é a novidade?Qual é afinal o trabalho da GNR?

P.S. Não sou nenhum Santo, todos nós infringimos o código, não me poderei é queixar de caça à multa quando for apanhado a pisar o risco.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Quem paga a baixa médica (birra)?

Hoje estou numa de comunicação social.

Vi agora nas noticias que o José Eduardo Moniz acabou de ser ouvido pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e que a seguir vai a sua esposa.

Quando estava a ler a noticia reparei que a senhora está de baixa psiquiátrica desde dia 28 de Setembro, a minha questão é: estará a receber subsidio de doença? E quem lhe paga?

Será que houve baixa médica por "birrice"? Ou houve suspeita de doença, diagnóstico e atribuição de baixa em apenas alguns minutos? Terá sido a pedido? Desde dia 28 de Setembro terá havido alguma reavaliação do estado psicológico da pessoa em causa? São apenas questões que levanto sem fazer qualquer tipo de juízo de valor. Poderá mesmo haver uma doença, e se assim é, deverá ser tratada.

Quando no meu trabalho for despromovido já sei onde hei-de ir, ao médico.

Já agora aproveito para deixar aqui uma questão levantada há meses.

Então a PT queria comprar 30% da Média Capital e o governo ia "acabar com a linha editorial da TVI" e agora a Ongoing comprou 35% e ninguém consegue meter uma cunha para voltar a haver verdadeiros espectáculos?

Não entendo, não tenho respostas, apenas perguntas...a que ninguém responde.

Mas afinal quem é quer vender? O clube ou o jornal?

Há pouco falei de publicidade jornalística, agora falo de invenções jornalísticas.

Hoje dei-me a pensar nas razões que levam os jornais/jornalistas a inventar noticias sobre alegados interesses de clubes em jogadores, tanto os portugueses como os estrangeiros.

Encontrei algumas possíveis razões para estarem constantemente a dizer que o Di Maria vai para aqui ou para ali, que o Cardozo vale 60M€ (ah não isso é o presidente), que o Veloso vai para Inglaterra, que o Bruno Alves vai para Espanha, o Nani para o Benfica, o Pavlyuchenko para o Sporting ou até que o Scolari vai para a Juventus.

Mas há gente infiltrada nos clubes/agentes Fifa? Mas há gente dentro de TODOS os clubes que fornece informações para fora dos clubes? Mas os jornalistas andam a espiar os telefones ou computadores dos clubes/agentes Fifa? Hmm não acredito muito nestas hipóteses, deixo-vos outras hipóteses que me ajudam a compreender o porquê de tanto papel gasto com asneiras/mentiras:

-Querem tanto dar a noticia como verdadeira, que a escrevem repetidamente mesmo sendo mentira. Há um factor importante aqui, não é por se dizerem muitas vezes a mesma mentira que ela se vai tornar realidade. Embora num dos episódios do Dia Seguinte se tenha falado que foi assim que o Jorge Jesus e o César Peixoto foram parar ao Benfica, verdade ou não? É-me indiferente.

-Os jornais têm um número mínimo de páginas obrigatórias em cada edição. Os jornalistas são pressionados a terem X páginas portanto há que contar histórias no meio das notícias para gastar papel/arvores e justificar o preço do jornal em KG's de folhas.

-Há pessoas a rirem-se prestando informações inventadas. Será que há pessoas que ligam para os jornais a dizer que sabem que o Sporting vai contratar o Robinho só para ver se no dia seguinte é capa de jornal e se poderem rir que nem uns perdidos com a parvoíce dos jornalistas em acreditarem em tal asneira.

-Há pessoas que ganham a vida a vender informações falsas. Os jornalistas a falta de capacidade para investigarem e fazerem um trabalho jornalístico decente, seguram-se em fontes conhecidas às quais os jornais pagam por determinadas informações de modo a terem algo para escreverem sem nunca ter de divulgar as fontes devido ao sigilo profissional.

-Há um conjunto de pessoas que se julgam mais espertas que os outros. Por terem acesso à comunicação social julgam que podem enganar tudo e todos, inventando histórias para mudarem a opinião pública, tendo como premissa que as pessoas são todas burras e que não sabem pensar por elas próprias.

Sinceramente não sei em qual acreditar. Uma coisa é certa, desde há algum tempo que o meu "jornal" de confiança é a CMVM.

Publicidade jornalística enganosa.

Todos sabemos que cada vez mais os jornalistas necessitam de imaginação para inventarem noticias, títulos ou especulações seja sobre o que for.

Mas o jornalista não tem/deve inventar nada, deve/tem sim de relatar factos, os que querem escrever ficção têm bom remédio: escrever livros, e alguns em boa hora o fizeram.

Hoje ao ver as notícias reparei num título que dizia "Leões pagam 900mil euros por cada golo de Pongolle". Ao ver este título várias hipóteses me assombraram:

-Terá o Sporting feito um contracto com objectivos, no qual pagam 900mil euros ao jogador por cada golo? Isso seria muito dinheiro.

-Terá o Sporting comprado o passe do jogador com base no rendimento do jogador e pagariam ao Atlético de Madrid 900 mil euros por cada golo marcado durante esta época? Isso tornaria o jogador caríssimo, tendo em conta o investimento inicial de 6,5M€ já efectuado.

Mas afinal que noticia era esta?

A verdade é que dividiram o total pago pelo Sporting pelos golos marcados nos últimos 15 meses ao serviço do Atlético, mas que originalidade. O Sporting terá pago pelos golos que ele marcou? Certamente que não, daí afirmar convictamente que o título não passa de uma pura...

... publicidade jornalística enganosa.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Por falar em Público e Privado....

Falando em público e privado, no dia de ontem vi uma reportagem no Jornal da Tarde da RTP1 no passado dia 27 de Dezembro, ( ver aqui, inicio da reportagem aos 8.44s).

Fala de um pequeno GRANDE lutador, o Dinis, após tratamento em Barcelona procuraram-se especialistas em Portugal disponíveis para acompanhar o Dinis. Após uma longa pesquisa foi indicado o Prof. António Travassos, e fizeram questão de frisar na peça que é um médico privado.

Mais uma vez reforço que o senhor, assim como toda a gente, tem o direito de puder trabalhar onde quer, mas não seria um bom investimento para o SNS ter um especialista destes no serviço? Não sei quem pagou o seu tratamento, espero que tenha sido o SNS, seja qual for o preço. Mas qual terá sido o preço? Será que o SNS paga assim tão mal? Ou será que o preço exigido é demasiado alto? Todas as pessoas têm o direito de procurar ter uma vida melhor, mais abonada, também eu o desejo. Mas quando se fala da vida de uma pessoa, na vida de uma criança, qual é o preço em jogo? Haverá preço para a vida Humana?

Será que se não houvesse dinheiro alguém se recusaria a ajudar um paciente?

Esta visão faz-me lembrar o que ouvimos constantemente na televisão sobre o que se passa no outro lado do Oceano, em que pessoas são literalmente expulsas dos hospitais, estejam como estiverem, simplesmente porque não têm dinheiro, ou porque os plafonds dos seguros já foram ultrapassados.

Aposto que lá não há juramento de Hipócrates

Público ou Privado??

A Ministra da saúde está bastante preocupada com a saída de profissionais do público para o privado, leiam-se médicos.

No nosso país apenas é médico tem estuda numa das 7 faculdades Públicas que ministram os cursos de Medicina, ou seja o curso é pago com o dinheiro dos impostos dos contribuintes. Ninguém deve estar impedido de fazer a carreira que quer, mas os médicos (assim como outras profissões) têm de entender que a medicina não é apenas uma profissão (tal como os policias, os bombeiros..etc) mas sim um estilo de vida que se escolhe ter, podem sempre trabalhar no privado mas respeitando as regras/leis e não esquecendo quem os formou como médicos.

No mês de Outubro um dirigente do SIM - Sindicato Independente dos Médicos, disse o seguinte: "Não concebemos não ter uma diferenciação idêntica à de outros licenciados da Função Pública. E vamos exigir remunerações equiparadas às dos juízes e diplomatas".

Mas será que os médicos não têm uma diferenciação idêntica à de outros licenciados da função pública? Será que não ganham mais que os Enfermeiros? Que os Economistas? Que os Assistentes Sociais? Que os Psicólogos? Mas porque é que se vão comparar aos diplomatas, que não trabalham no seu país de origem? Porque será que se comparam aos juízes que não escolhem onde trabalham e não têm a opção do privado?

É fácil saber quanto ganha um médico (aqui), será muito? Pouco? Não sei. Certamente os valores não são estes no final do mês, porque se for ao Sábado são 2x, se for a noite 1,5x se for isto...não sei quê. Só sei que em todas as profissões as pessoas se queixam que ganham pouco, sempre será assim. Mas os médicos utilizam um argumento diferente, o da chantagem. É óbvio que são necessários médicos no sector público e por isso há sempre a necessidade de abrir os cofres e subir os valores se não corre-se o risco de apenas haverem médicos no privado.

Mas..estava aqui a imaginar.. e se isso acontecesse? Havia de ser bonito ver as companhias de seguros a irem todas a falência (como aconteceria no caso de cobrirem exames ao vírus H1N1 aos seus clientes) e os médicos sem "clientes" no privado a fugirem todos para o Hospital de Cascais.

Já agora quantos de vocês é que quando vão ao médico (público ou privado) são atendidos à hora marcada? Eu não. Uma das últimas vezes que fui ao médico reparei na lista de "clientes" desse dia, eram consultas de 12 em 12 minutos. Há-de sair daqui um diagnóstico esperto deve, por isso é que fui a 5 médicos e nenhum me disse o mesmo. Houve até um que com a pressa, nem viu os exames, 25 segundos de conversa chegaram para me dizer que fazia operações às 5ªs feiras.

Se calhar está na hora de implementar medidas como as da Força Aérea. Quem tira o curso na Universidade Pública ( e são todos..a não ser os que tiram os cursos no estrangeiro) tem de trabalhar no público 10-20-30-40 anos para "pagar" o curso, nem que sejam 10h por semana. Seria uma regra estabelecida à partida, por isso quem for para Medicina já sabe com o que pode contar.

Por curiosidade fui ver o Juramento de Hipócrates, momento alto na consagração de um estudante de medicina e achei curiosos alguns dos juramentos feitos:

"Prometo solenemente consagrar a minha vida ao serviço da Humanidade".

"Exercerei a minha arte com consciência e dignidade."

"Faço estas promessas solenemente, livremente e sob a minha honra."

Fico-me por aqui...

P.S. quando falo em médicos no post não me refiro a todos, há Médicos no privado e no público e há Me(rcenarios)dicos no público e no privado.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Nós somos o que a sociedade faz de nós

"Nós somos o que a Sociedade faz de nós"

Nunca tinha pensado muito neste assunto. No outro dia, de madrugada, vi uma reportagem sobre o senhor Warren Buffet que utilizou este argumento (entre muitos) para justificar o facto de doar grande parte da sua fortuna à "The Bill & Melinda Gates Foundation". Ele disse que não sabia gastar o dinheiro, nem aplicá-lo à filantropia, por isso o melhor que tinha a fazer era dá-lo a quem o soubesse fazer melhor que ele.

Ao longo da sua vida concluiu que apenas era o que era (um dos homens mais ricos do Mundo) porque a sociedade assim o permitiu. Não gosta de ouvir dizer as outras pessoas que é assim porque tem talento e sabe muito etc...porque se assim fosse porque não seriam ricas no Yemen ou no Sudão? Se calhar porque lá ninguém queria saber de M&A, de gadgets ou de PC's. Chego à conclusão que o senhor é viciado em ganhar dinheiro, mas que no final do ano ao olhar para o que tem não sabe o que fazer a tanto.

"Nas transacções de acções sobrou sempre tanto para mim que agora está na altura de o dar a quem nem sequer sabe o que é uma acção, obrigação, lucro ou prejuízo, apenas quer saber de ter algo para dar de comer aos filhos." , deve pensar ele.

Não devemos desperdiçar a oportunidade de ser, seja o que for, o que a nossa sociedade nos permita/peça, mas nunca nos devemos esquecer que sem ela não teríamos chegado a lado nenhum, e por isso estaremos sempre em dívida para com ela.

Não devemos ser egoístas ao ponto de assobiar para o lado, como tanto ouvimos por aí.



"Wealthy men can't live in an island that is encircled by poverty. We all breathe the same air. We must give a chance to everyone, at least a basic chance."
Ayrton Senna

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

O Natal

No dia 25 de Dezembro de todos os anos celebra-se o dia do nascimento de Jesus.

Com o avançar da idade fui observando que o Natal é cada vez mais uma correria à compra de presentes nos centros comerciais. Talvez porque já não seja o neto que recebe mais presentes, ou porque simplesmente deixei de fazer lista para o Pai Natal e me preocupo mais em saber o que os pequenos põem na lista. Úteis ou não o que importa é dar presentes para surpreender aqueles de quem mais gostamos.

É óbvio que todos nós gostamos de receber presentes/surpresas, mas nem sempre o que recebemos tem utilidade suficiente que justifique o gasto de dinheiro e tempo que as pessoas tiveram para nos presentear.

Não nasci num berço de Ouro, mas comparando com muita gente, certamente nasci num berço de Prata. Nunca me faltou presente nenhum, mais jogo menos jogo..mais casaco menos casaco, nunca me faltou nada, nem me falta nos dias de hoje, mais Mercedes menos BMW, não me queixo e dou-me por muito satisfeito e agradecido.

Felizmente, também aqueles que me rodeiam não devem ter razões de queixa, na verdade, quantas vezes não vou às compras de Natal para as pessoas mais próximas e quando vejo possíveis presentes a maior parte das vezes a conclusão a que chego é: "Mas ele/a já têm isto..para quê mais um?"

Parece que o Natal se tornou um leilão..."-Quem dá mais?? -Quem quer mais??" Competição entre netos/filhos a ver quem recebe mais, e competição entre familiares a ver quem dá a prenda preferida/maior/mais cara.

Voltando ao nascimento de Jesus, e falando no presépio o que vemos é que existe o menino Jesus, o José, a Maria, os animais e 3 Reis Magos que oferecem presentes (e daí oferecerem-se presentes no Natal), mas nesse cenário em que existem 6 pessoas e 2 animais, há apenas prendas para um, o menino Jesus, a criança. Prendas essas que o menino Jesus não tem, logo algo útil. De que serve dar um carrinho a um menino se ele já tem 18? Quando se tem 23 barbies será que faz falta mais uma? Parece-me que não.

Se calhar lá para o mês de Fevereiro (na hora de pagar os presentes) o crédito mal parado relativamente ao consumo vai atingir um novo record, se não assim não for o dinheiro não gira de mão em mão, e se assim não for nunca há-de passar pela minha. Que a máquina continue....

Feliz Natal

Amigos/as desejo-vos um Feliz Natal rodeados de tudo o que é realmente importante:

-Saúde,
-Amor,
-Amizade,
-Alegria,
-etc...

Tudo aquilo que o dinheiro não compra em qualidade.


Amanhã falo do lado perverso do Natal, hoje é apenas para desfrutar o dia.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Inglês falando...

Todos nós sabemos que cada vez mais as qualificações são importantes para conseguirmos um lugar no mercado de trabalho.

Antigamente ser Dr. era suficiente para garantir uma vida estável e quem sabe algo mais. Com o crescente número de licenciados as empresas recorrem a outros factores diferenciadores, a "Cunha" (ainda vai dar que falar neste blog), as experiências internacionais, as actividades extra-curriculares (também hei-de falar sobre isto num dia destes..) ...e as línguas, quem souber falar 6 linguas tem emprego garantido, nem que seja a trabalhar num local onde simplesmente ninguém fala inglês.

Percebo que há pessoas que têm de saber falar várias línguas, os professores de inglês, tradutores, interpretes..etc. Agora noutras profissões o mais importante são as competências técnicas, porque não acredito que um médico que seja bom profissional tecnicamente não seja promovido ou contratado porque se engana a conjugar o verbo to be; que um agricultor não venda as suas pêras porque não sabe dizer quais as suas características em inglês; que um advogado não seja contratado para trabalhar em Portugal e aplicar a lei portuguesa quando não fala inglês perfeito; o mais importante é cada um ser bom a fazer aquilo a que se dedica.

Caso seja necessário que se contrate um tradutor, ora vejamos dois profissionais do mundo da bola a falar inglês:






Ou seja, nenhum deles deixou de ser contratado para executar a sua profissão porque não dominavam o inglês.

Isto leva-me ao tema fulcral deste post --> o decote.

Ontem quando fui às compras reparei (e comentei com a Teresa) que a maioria das lojistas apresentavam decotes que diria são acima da média. O que me leva a concluir que talvez seja esse um dos critérios de recrutamento, e porque não? Quando se compra algo a primeira imagem é aquela que guardamos, e porque não apostar em que as pessoas entrem nas lojas e passem lá mais tempo a visualizar os conteúdos?

Mas já agora, e se entrar um estrangeiro na loja?Será que alguém sabe falar inglês? Certamente ninguém vai deixar de comprar por isso...

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

"Nada, nada Só.. Nada, nada, nada...Está tudo bom, sim."

Estas palavras foram ditas por um jovem rapaz Moçambicano, órfão que cuida dos dois irmãos mais pequenos.

Quando a jornalista lhe perguntou o que lhe faz falta ele foi peremptório:

"Nada, nada. Só.. Nada, nada, nada...Está tudo bom, sim."

Se não tiverem tempo para mais, vejam desde o minuto 3.00.



Ontem fui almoçar a uma pizaria que possibilita comer em regime de buffet até enchermos a barriga. Na mesa do lado estava um grupo de 8 jovens rapazes com idades semelhantes ao do rapaz mais velho da reportagem.

Houve duas coisas que me fizeram imensa confusão nos jovens da mesa ao lado:

-Primeira, comiam com as mãos, enrolavam o queijo da pizza nos dedos e comiam. Nem sujaram os talheres. Enfim...sem comentários.

-Segunda, metade da fatia de pizza não comiam, agora podem imaginar o que são 8 rapazes a comer e a deixarem metade das fatias no prato. Constatei que no final da refeição a massa acumulada nos pratos dava para fazer umas 5 pizzas familiares. Quantas pessoas é que não comem o equivalente a uma pizza por semana? Diria que Milhões. Já tive esta discussão várias vezes com amigos meus aos quais dizia o mesmo e argumentavam que o pão não é pizza e que só serve para "encher". Mas não é para isso que nos alimentamos? Para "enchermos"?

Há milhões de pessoas que nem sequer "aconchegam" o estômago, quanto mais "encher" o estômago.

Faz-me pensar se o nosso país é mesmo pobre (em €, PIB ou lá o que quiserem) ou se quando falam de pobreza se estão a referir a outros critérios.

Verdade desportiva..

Não sei porque lhe chamam verdade desportiva...deviam primeiro chamar-lhe Verdade..e depois caso seja essa a postura assumida, passarem para a verdade desportiva.

Falando apenas de futebol, o que acontece é que as pessoas só falam do que lhes convém, TODOS, não apenas o do clube A B ou C, e é aí que gostaria que o meu clube começasse a ser diferente dos outros.

Ainda há dias fiz um post em que falava disso mesmo, de se querer atirar areia para os olhos das pessoas. Que digam claramente que a batota é batota, seja de quem for: a mão de Deus deveria ter sido punida, que o voo do Jardel na área do SLB não era falta e que o voo do Karadas contra o Estoril foi das cenas mais cómicas que já vi no futebol.

A minha teoria é que o arbitro pode NÃO marcar uma determinada falta que existiu, porque eventualmente não viu, o que não pode é MARCAR uma falta que não existe, porque nesse caso está a inventar algo que os seus olhos não viram, e não viram porque não existiu.

No final de cada jogo já depois de vermos as imagens as pessoas têm de ser coerentes e justas, é óbvio que o Leiria marcou um golo limpo contra o sporting que foi anulado, só um cego é que não vê.

Uma coisa que ninguém viu ou não quis ver (sem ser um jornalista da TSF, que no momento do golo referiu logo esse facto na transmissão do jogo) foi um fora de jogo na jogada do golo do último derby. Ora vejam:




Mas há alguém que me diga que não havia fora de jogo nesta jogada?

O benfica não teria ganho o jogo?Não sabemos, até poderia ter ganho por 5. O Porto não teria perdido? Não sabemos.

Sabemos é que foi golo, e na dúvida deixa-se jogar, acho muito bem.

Agora não se admitir e falar que havia fora de jogo é que não compreendo o porquê disso acontecer.

Ou não se vê, ou não se quer ver.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Tejo

Soube-se oficialmente na quarta-feira que no ano 2010 a RedBull Air Race vai-se realizar no rio Tejo.

Para grande desgosto dos autarcas do Norte a prova vai realizar-se em Lisboa.

Porque será que isto lhes causa tanto embaraço? Quando foi no Douro não ouvi ninguém do "sul" a queixar-se, porque razão se queixarão agora as pessoas do Norte??

Há ainda pessoas que fazem os seguintes comentários:

«como não acredito na riqueza do nosso país nem da Área Metropolitana de Lisboa, em particular, esse dinheiro vem de algum lado, vem sempre do bolso de todos os contribuintes, do Minho ao Algarve, que pagam para que tudo aconteça no mesmo sítio»

Então mas afinal quando a prova era realizada no Douro quem é que pagava??

Espero que a prova seja um sucesso e que em 2013 se possa realizar no rio Guadiana ou na barragem do Alqueva.


Ando a ver mal só pode...

Ia eu ontem à noite para casa depois do meu primeiro jantar de Natal da "empresa" quando ao ouvir as noticias da meia noite pude escutar as palavras do treinador do Sporting, as quais referiam que o Sporting tinha dado um salto qualitativo em frente na qualidade de jogo criando oportunidades de golo as quais não foram concretizadas. Devia estar a dormir durante essas partes só pode.

Mas vejamos qual o objectivo de um jogo de futebol:

Marcar mais golos que a equipa adversária.

Se a equipa adversária marca 1 e a nossa equipa nenhum, é normal que a equipa perca. Isto não passa de uma verdade de La Palice.

Já vi vários responsáveis de clubes falar em massacres (sabem lá eles o que é um massacre) de oportunidades de golo e posse de bola..etc.. a realidade é que no futebol as bolas ao poste/faltas/remates/foras-de-jogo não passam de estatística, o que realmente conta são os golos.

Quando uma equipa faz 50 remates e não marca 1 golo, e a equipa adversária faz 1 remate marcando um golo, a única coisa que se pode concluir é que a equipa que o marcou cumpriu na integra o objectivo do jogo de futebol ---> Marcar e não sofrer. E nesse caso aos vencedores só há uma palavra a dizer:

Parabéns.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Fado

É verdade sou jovem e gosto de fado.

Não tenho qualquer complexo de superioridade/inferioridade relativamente ao sexo masculino, mas a verdade é que não gosto de ouvir fados cantados por fadistas do sexo masculino.

Se há fadista que gosto, é da Mariza. Hoje está de Parabéns pelos seus 36 anos.

A sua voz transmite-me um sentimento de calma e liberdade que não consigo explicar.

Partilho convosco dois dos fados que gosto mais de ouvir a Mariza cantar.

A Mariza foi até já sugerida como a pessoa mais indicada para resolver os problemas do nosso país, não acreditam? Ora vejam aqui.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Bora? Bora..

Voltei ao cinema no domingo após uns belos meses de ausência. Fui ver o filme Couples Retreat, o qual aconselho vivamente, não apenas porque já não chorava a rir há imenso tempo, mas também porque as imagens são deslumbrantes.

Às vezes questiono-me se as imagens que vemos em filmes ou na internet são de facto verdadeiras ou se levaram um "tratamento" de modo a funcionarem como publicidade enganosa.

Só há uma forma de responder ao meu dilema, juntar um belo pé de meia e deslocar-me a Bora Bora no outro lado do Mundo e gastar mais de 1.000€ por noite (por pessoa) para poder dar uns mergulhos nas piscinas naturais que aquele cantinho do Mundo proporciona.

Será muito dinheiro? Certamente que sim, mas quem o tem e o gasta não se deve arrepender de certeza.

sábado, 12 de dezembro de 2009

A dádiva

Vou partilhar o que aconteceu comigo e com a Teresa hoje de manhã/tarde.

Fomos nós para Lisboa às 7.20h e estacionámos o carro ainda antes das 8h, estivemos dentro do carro até perto das 8.30h. Entretanto uma senhora que ia acompanhada pelo seu filho estacionou o seu carro ao lado do nosso.

Passados 20 minutos a senhora bate no vidro e pergunta:

"Pode emprestar um lápis para o meu filho sff??"

E eu disponibilizei-me para lhe emprestar um dos meus, mas entretanto o meu não tinha borracha e acabou por ser a Teresa a emprestar-lhe um dela que tinha borracha na ponta.

Às 15h quando voltávamos para casa disse à Teresa para ir tirar um "embrulho" que estava no vidro da frente.

Para nossa surpresa estava um embrulho com dois lápis, o original e um novo (de menina), juntamente com um bilhete. Nem merece comentário, passo a mostrar:



Muito Obrigado por me fazer ganhar o dia!! (E à Teresa também).

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O burro e a cenoura

Hoje decidi partilhar convosco uma imagem:





Encontrei-a na internet há mais de 1 ano e guardei para servir de inspiração a trabalhar para juntar uns trocos que me possibilitem dar um mergulhinho em Matira Beach (Bora Bora) um dia destes.

Não fico deprimido por não ir lá, mas garanto que me daria vontade de chorar se um dia fosse eu a tirar uma foto destas.

Já agora quando lá for passo em Monuriki e vou dar um abraço ao Tom Hanks (Filme-->Cast Away). Parece mentira, mas este lugar existe mesmo.



quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

"Olha as calças!!!"

Acabei de assistir à seguinte situação:

Ia eu a andar, ao lado de um futuro engenheiro, no parque de estacionamento do IST-Alameda, quando começo a ouvir um segurança a dizer:

"Olhe as calças!!"

(não percebi à primeira o que o senhor disse e não sabia se era para mim por isso não liguei)

"Olhe as calças que estão a cair!!"

(nessa altura decidi olhar porque nao percebi o que se estava a passar e acabo por reparar que o moço tinha os boxer's totalmente de fora...)

"Segure as calças se não vão parar ao chão!!"

A verdade é que o visado baixou a cabeça e sem pestanejar continuou a sua caminhada.

Eu também continuei a minha a rir-me por dentro e com vontade de dar um aperto de mão ao senhor.

Admirei a sua coragem e sentido de humor.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Dia Internacional contra a Corrupção

Hoje assinala-se o Dia Internacional contra a Corrupção.

Que a corrupção existe desde que existe Homem é uma certeza, e que sempre existirá também é uma certeza. Resta-nos diminuir o máximo possível a corrupção. Se cada um não for corrupto, o Mundo será muito melhor.

O problema é que há determinadas "pequenas" coisas que são corrupção e as pessoas não as consideram como tal, como por exemplo a dita "cunha". A "cunha" é um favor que uma pessoa presta a outra, que por sua vez um dia irá ter de ser retribuído de alguma forma, a partir daí é uma bola de neve que nunca mais acaba.

O curioso é que um estudo feito pela União Europeia apurou que a maioria dos Portugueses acredita que há "suficientes acções judiciais bem sucedidas para dissuadir a prática de subornos".

Mas a maioria dos Portugueses vive em que País? Eu não conheço NENHUM caso em que os intervenientes tenham sido condenados e presos pela prática de suborno.

Se alguém conhecer algum que me diga sff.

P.S. O único doutor em Portugal que tenha sido preso por crimes de corrupção foi um ex-presidente de um clube de futebol. Mas terá sido pelo crime de corrupção ou pelo crime de ser da lista adversária?

Coragem ou desespero?

O IEFP ajudou ex-desempregados a criarem 12 446 empresas nos últimos 3 anos (2006-2008).

Terá sido a coragem de arriscar ou o desespero que levou a que 12 446 pessoas conseguissem dar a volta por cima e criarem a sua própria empresa, certamente nem todas deram/irão dar certo, mas se 50% delas derem certo e se isso possibilitar contratar mais 1 pessoa que seja, além de se estarem a ajudar a si próprios, estarão também a ajudar 1 outra pessoa, e consequentemente todas aquelas que vivem à sua volta.

O desemprego não atinge apenas a pessoa desempregada, atinge toda a sua família, daí que iniciativas destas, de ajuda à criação de empresas seja sempre de louvar, sejam quais foram os resultados.

12mil empresas são poucas? Talvez mas é melhor do que nada.

Escrevo isto numa altura em que estou a fazer um plano de negócios para incluir num projecto de criação de uma empresa, no âmbito da avaliação de uma cadeira do curso.

Será que a empresa irá ser criada?

Será que novas ideias vão surgir e a possibilidade de abrir mais do que uma empresa?

Será que a criação de apenas uma empresa irá possibilitar dar emprego e estabilidade a 1 trabalhador?

Espero que sim, e que daqui a 1 ano escreva de novo no blog a prestar contas do alcançado.

Mas, na realidade só o tempo tem a resposta.

Para já é para isso que estudo/trabalho. Que o Idiota tenha sucesso.

domingo, 6 de dezembro de 2009

A riqueza de dever muito.

Apenas hoje li uma noticia com perto de um mês, que dizia que o Bill Gates iria lançar um banco para os pobres, a ideia não é nova, mas é de louvar.

Ao ler a noticia acabei por me lembrar de um prémio Nobel da Paz que foi dado a um Banco e ao seu Fundador por se especializarem em microcréditos concedidos às pessoas mais carenciadas. Sediado no Bangladesh, país em que o PIB per capita anual não atinge 400€ por habitante, e se encontra na 146ª posição no que se refere ao Índice de Desenvolvimento Humano.

Mas que falta de visão diriamos nós. Porque não num país industrializado, devorador de cartões de crédito e presentes de Natal? A realidade é que o os credores cumprem os seus cumpromissos com uma taxa de 98,5% e que no ano de 2006 teve lucros na casa dos 20M $, valor capaz de fazer inveja a muitos bancos/empresas nacionais.

Não andam sempre os profetas da desgraça a comprar Portugal a tudo o que lhes convém? Porque será que não nos comparam a outros exemplos, como este. Será que os bancos nacionais já ouviram falar deste Senhor? Parece-me que não.

Uma notícia da semana passada dizia que 6 empresários/empresas Portuguesas eram responsavéis por cerca de 3,5Mil Milhões de Euros de emprestimos num dos maiores bancos nacionais, valor esse que daria para comprar 80% das acções do mesmo banco.

Ou seja, enquanto que no Bangladesh se concedem empréstimos aos mais necessitados, com vista a poderem criar riqueza, oportunidades de negócio, novos empregos, em Portugal concede-se empréstimos (apenas a alguns) para que possam tomar conta das empresas dos outros. Mas com o dinheiro dos outros também eu era rico. Que me dêm a mim um empréstimo de milhões que também compro empresas que detêm monopólios, e passo automaticamente para a lista dos mais ricos de Portugal, teso que nem um carapau, mas com muitos milhões em acções.

Mas será que se eu for a um banco pedir dinheiro emprestado para comprar 10% desse mesmo banco (desse modo garanto também um lugar na administração com um salário milionário) e der como garantia as próprias acções que irei comprar, a administração assina o pedido de crédito?

Parece-me bem que não.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Longa Vida à AMI e ao seu visionário.

Pois é, hoje a AMI comemora 25 anos.

Quando se realizou o programa televisivo "Os Grandes Portugueses" votei através de email no Grande Fernando Nobre, não é por acaso que tem esse apelido.

Nessa altura ainda não conhecia tão bem como hoje a sua Missão. Se soubesse o que sei hoje, terei certamente gasto os 60c+IVA para lhe ter dado mais um voto na fase final.

Curiosamente ficou em 25º lugar.

Mas afinal o que será um Grande Português? Ou melhor um grande Homem?

Este Senhor abdicou de uma bela vida de cirurgião, de viver na bela Quinta da Marinha ou Quinta do Lago, de se deslocar diariamente de Porsche ou Ferrari, por uma causa, por um projecto de vida, a AMI. Uma vida em que nunca desfaz a mala, porque haverá sempre quem precise da sua ajuda no nosso pequeno (para ele) Planeta.

A verdade é que quando se ouve um catástrofe nas noticias, há pessoas que têm a coragem para largar a sua bela "vidinha" para dar a mão a quem precisa, e se o primeiro a tomar essa decisão é certamente O "Nobre".

Oxalá eu chegue ao fim da minha vida e possa ter dado 1% aos outros do que ele já deu, certamente o Mundo será muito melhor.

Parabéns AMI,

Long live the King.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Pecar? Só no privado.

Muito se fala da qualidade jornalística.

Infelizmente não ouço todos os dias a crónica da rádio TSF - Sinais, do jornalista Fernando Alves. Ao ouvir hoje fiquei apreensivo com a sua crónica, que partilho convosco.

http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1436833

O que acontece, é que ao ver as noticias de hoje reparei que há um Cardeal, antigo ministro da Saúde do Vaticano, por isso, não é uma figura qualquer na Igreja Católica, faz parte da alta hierarquia, portanto uma pessoa com responsabilidades, que disse que os "Gays não entram no céu", não sou Gay e nem me sinto na obrigação de os defender. Questiono-me apenas da atitude por parte de um alto hierárquico da Igreja à qual pertenço.

Deus castiga?? Não certamente, aliás dizem as Escrituras que Jesus na cruz foi capaz de perdoar quem, como ele estava a ser crucificado até à morte. Haverá maior prova de AMOR, de RESPEITO e TOLERÂNCIA? Confesso que nunca li a bíblia, livro escrito por Homens e não por Deus/Jesus, mas duvido que diga que alguém está à partida excluído do céu, inclusive os Gays.

Vou fazer a transcrição da notícia que li:

"

O cardeal explicou que "não é ele que o diz, mas São Paulo", segundo revelou a agência italiana Ansa. "Não nascem homossexuais, tornam-se. Por diferentes razões, questões de educação, porque não desenvolvem a sua própria identidade durante a adolescência. Talvez não sejam culpados, mas agir contra a natureza e a dignidade do corpo é uma ofensa a Deus."

"A homossexualidade é um pecado, mas isso não justifica a discriminação. Só Deus tem o direito de julgar. Nós não podemos condenar, enquanto pessoas, todos temos os mesmos direitos", disse.

"


A homossexualidade é um pecado? Mas afinal que é que define a lista de pecados? Não vejo nenhum dos 10 mandamentos que diga tal coisa.

Não existem outras coisas contra a natureza e a dignidade do corpo? O celibato o que será?

Sempre que há a disputa de saber qual a religião suprema (que não existe) não estará o Homem a pecar? "Não cobiçarás", "Não matarás" estes sim são os mandamentos da Igreja.

Os Padres, e esses não são Deus/Jesus nem a Igreja, são Homens, parece que são os primeiros a dar com uma mão e a retirar com a outra. Porque como diz o Cardeal "Só Deus tem o direito de julgar." Mas não julgou já ele os Gays a ficarem de fora do Céu?

Isto leva ao tema inicial deste post, um político a quem a Igreja retirou a possibilidade de comungar, visto ser um Homem Público Pecador. Ou seja um Homem Pecador pode comungar, um Homem Público Pecador já não. Não estão os Bispos a julgar em nome de Deus?

Moral da história, peca no privado.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O desemprego

O tema mais falado na rádio e nos jornais que pude ver na net é o Desemprego.

Mas afinal de quem é a culpa do desemprego? Da crise? Do governo? Do Salazar? Quem é que cria os postos de trabalho? São as empresas. Quem são as empresas?São pessoas, logo são as pessoas que criam o desemprego.

O aumento do desemprego reflecte, em grande parte, o modo como a empresa(pessoas) olha para as outras pessoas da empresa, números. Se a empresa não dá lucro de XXXX vamos despedir YY para aumentarmos os lucros. Ou seja a mentalidade de hoje leva as pessoas a despedirem outras pessoas apenas com a finalidade de aumentar os lucros, não estou a falar de dar lucro, mas sim de o aumentar. É óbvio que se a empresa em 100 e dá prejuizo, estão os 100 em risco, agora se se despedirem 10, salvam-se 90 é uma coisa, do que estou a falar é de outra bem diferente.

Não de aumentar a capacidade das empresas em serem mais competitivas e produtivas, mas sim em aumentar a curto prazo os lucros. Até porque quando precisarem de novos trabalhadores, vão contratar outros (não os que mandaram embora que esses são caros) aos quais pagam o salário minimo nacional, porque a lei os obriga, caso contrário pagariam 10€ e já achariam muito.

E depois falam falam falam...mas não os vemos a fazer nada. Não é o governo que cria postos de trabalho, não deve ser, deve ser o sector privado de modo a dinamizar a economia, se a culpa é do governo, então é fácil, nacionaliza-se tudo e dá-se emprego público a toda a gente. Há países que o fazem, normalmente as ditaduras. Não vejo essa como a solução.

Já lá vão uns anos que gosto de ouvir os debates mensais na Assembleia da República, casa da Democracia. Certo dia um dirigente político da bancada da oposição criticava o governo por ser o responsável pelo aumento do desemprego. O curioso é que passados uns meses tal pessoa é convidada para dirigir um dos maiores grupos economicos portugueses ligados à fabricação e venda de bebidas. Adivinhem qual foi uma das primeira medidas tomadas??

Não estão a ver??

Fechar uma fábrica e despedir 64 trabalhadores. Mas afinal qual é a responsabilidade do governo nesta tomada de decisão??

Ah claro se os impostos fossem 2% mais baixos aqueles trabalhadores e a fábrica já eram fundamentais ao desenvolvimento da actividade da empresa. Outra curiosidade é que passados 2 anos, essa empresa perde a liderança na venda de bebidas à qual se dedica. A culpa? A culpa é dos sucessivos governos.

Outra curiosidade é que se analisarem o site da empresa tem um vasto número de links dedicados à "responsabilidade social". Responsabilidade Social??? Isto sim é conversa para ignorantes.

Vamos fechar a fábrica e despedir os trabalhadores, mas atenção nós temos uma grande responsabilidade social, e apoiamos grandes causas nacionais, se os impostos fossem mais baixos, ainda ajudariamos mais.

Não me lembro da adesão de Portugal à CEE, mas sei que nos anos seguintes Portugal recebeu MILHÕES da Europa para dinamizar as suas industrias, mas afinal que dinamização foi essa que só levou ao aumento das importações de Ferraris/Porsches/Mercedes/BMW's/etcetc?? Esse dinheiro dado pela Europa serviu para quê? Para a responsabilidade social não foi de certeza.

E quem fez mau uso do dinheiro de todos o que lhes aconteceu? Houve alguém julgado por abuso de confiança?Por peculáto?Por roubo?Houve alguém ou alguma empresa que tivesse de devolver o dinheiro que usou para seu bem próprio contrariamente ao motivo pelo qual recebeu os fundos Europeus? Eu se fosse Francês ou Alemão não estaria muito contente com a aplicação dos meus fundos.

A solução? Olharmos para a pessoa que está ao nosso lado não apenas como um número, algo que me faz chegar ao lucro esperado, mas sim como um ser Humano que tem filhos e que os tem de alimentar.

Faz lembrar a questão do salário mínimo nacional que neste momento é de 450€ e para o próximo ano deverá andar a volta dos 475€, será que há empresas que vão fechar por causa deste aumento?Não digam asneiras. Um aumento de 25€ por mês a um trabalhador, equivale a um aumento anual para a empresa de 437€.

Sim, 437€, alguém acredita que uma empresa com 10 trabalhadores vá fechar porque no final do ano a empresa tem um custo superior em 4.370€ com os salários dos 10 trabalhadores? 5mil euros?Por amor de Deus, isto gasta o accionista em chamadas de telemóvel por ano.

Alguém acredita que uma empresa com 100 trabalhadores vá fechar porque aumenta os seus custos com pessoal em 43.700€ por ano? 100 trabalhadores e fecha por falta de 43.700€? Na terra de ninguém.

Todos os dias fecham e abrem empresas, mas este aumento não é a justificação para esse factor, ou a empresa já está falida e mal organizada e está na hora de fechar ou não vai ser por mais 25€ por mês a cada trabalhador que vai falir.

Lembro-me de há uns anos um grande construtor mundial de automoveis ter decidio despedir mais de 20mil trabalhadores porque o objectivo da empresa era de ter lucros superiores a 3mil milhões de euros. 3.000.000.000,00 €. Como não passaram de pouco mais de 2mil milhões de euros 2.000.000.000,00€, decidiram cortar o número de trabalhadores. Mas isto não será um crime?? É crime de atentado ao pudor se eu parar o carro e for fazer necessidades fisiológicas à beira da estrada, mas despedir 20mil pessoas para em vez de ganhar 30c por acção ganhar 35c já não é crime?

Só espero nunca perder estes princípios, e voces que me acompanham, quando um dia virem que estou a tratar mal alguém digam-me sff.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

"Quem ficou prejudicado? O clube ou o fundo?"

Já todos sabemos que o futebol move milhões, não apenas de fãs e espectadores, mas também de Euros.

Nestes últimos 2 dias os 3 maiores clubes nacionais apresentaram as contas do primeiro trimestre do ano desportivo na CMVM. Mais do que falar do passivo e activo de cada um, que isso é mera imaginação contabilística.

Há quem use os valores das vendas dos jogadores, outros não. Há quem pague renda do estádio, outros não...etc....etc...

Gostaria apenas de destacar que duas das instituições apresentam relatórios com aproximadamente 30 páginas, outra instituição apenas 6!

Isto é uma diferente forma de informar os accionistas, não sou accionista de nenhum dos clubes, mas a forma como se informa reflecte o modo como se está na vida, não que uns estejam de forma mais correcta que os outros, mas certamente estão de forma diferente.

Gostaria apenas de destacar o facto de um dos clubes ter vendido parte dos passes dos seus jogadores a um "fundo" de investimento. Não que isso tenha algum problema, mas apenas são estranhos os valores pelos quais foram feitas algumas das vendas. Ora vejamos:

O clube X vende 25% do passe do jogador Y por 4,5M€ (avaliando o jogador em 18M€), 15 dias depois renova com o mesmo jogador, estabelecendo uma cláusula de rescisão de 50M€! Valorização de 32M€ em 15 dias?? Quem ficou prejudicado?O clube ou o fundo?

O Clube X vende 20% do passe do jogador YY por 4,4M€ (avaliando o jogador em 22M€), 2 dias depois renova com o mesmo jogador, estabelecendo uma cláusula de rescisão de 40M€, valorizou 18M€ em 2 dias? Magia só pode!!! Quem ficou prejudicado?O clube ou o fundo?

O Clube X vende 20% do passe do jogador YYY por 3,4M€ (avaliando o jogador em 17M€), curiosamente 2 meses depois de ter estabelecido uma cláusula de rescisão de 30M€, desvalorizou 13M€ em 2 meses?Com meia dúzia de jogos feitos? Quem ficou prejudicado?O clube ou o fundo?

Isto para não falar da avaliação que o fundo/clube X fazem de determinados atletas, alguns deles em 8M€.

Bem sei que o valor das "coisas" é determinado pelo preço que uma pessoa está disposta a dar para a adquirir, não tenho dúvidas que há muito boa gente/clubes que gastam dinheiro sem ter em conta o real valor do atleta, (falo até contra o meu clube...), mas estará o clube X sem fundo de maneio, o que o obriga a vender em saldos parte dos direitos dos seus activos? É a única resposta lógica que encontro, porque de outra forma deveria procurar manter e rentabilizar os seus activos o máximo possível. Ou terá alguém influencia suficiente no fundo/clube X de modo a lucrar uns "trocos" com a possivel venda de alguns dos atletas que compõem o fundo?

Será esta uma imaginação contabilistica que me supera?

De uma coisa estou certo, não acredito que os subscritores do fundo estejam a investir sem esperança de retorno. Alguém irá ficar a ganhar (logo alguém a perder) o futuro encarregará de nos esclarecer a dúvida:

"Quem ficou prejudicado? O clube ou o fundo?"