segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Pobreza

Há umas semanas houve um programa do Prós-e-Contras em que falou um Comandante da TAP que teve a iniciativa de promover um abaixo assinado para que pudessem ser utilizadas as refeições não usadas pelas empresas de catering. Ou seja, para dar as sobras a quem mais necessitava.

Essa mesma pessoa explicou que durante alguns meses tentou arranjar uma forma de permitir isso, mas que as informações que os restaurantes/caterings lhe davam era que a lei não deixava. Quando confrontou a ASAE, foi informado que a lei permite isso, de acordo com determinadas normas. Ou seja, o abaixo assinado não valia de muito, visto que a lei não necessitava de ser alterada.

Até o Presidente da República apadrinhou a iniciativa, seja lá o que isso for.

Este movimento permitiu que as pessoas tivessem consciência do que se estava a passar. Milhares de refeições que diariamente eram enviadas para o lixo, quando há pessoas a passar fome.

Visto que a lei o permitia, meteu mãos à obra e contactou algumas autarquias (Oeiras pelo menos) que se mostraram interessadas num projecto de utilização de sobras. A restauração e a hotelaria mostraram-se muito interessados em participar no projecto.

A verdade é que no dia 16 de Dezembro li a seguinte notícia. NEM UM dos 25 mil associados se tinha associado à iniciativa.

Desde há muito tempo que os ouvimos preocupados com a fome, mas na prática nada fazem para a combater. São das empresas que menos impostos pagam, são das empresas que mais usam mão-de-obra ilegal e são dos que têm mais desperdício, e depois ainda dão ares de bons samaritanos.

Sabem o que é que os restaurantes/hotelaria querem? Querem que se mude a lei para permitir guardar refeições de um dia para o outro. Sabem muito...

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal

Desejo a todos um Feliz Natal. Saúde e Alegria são os meus desejos. O euromilhões que fique para mim.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Sporting

Este ano ainda não fui ao estádio ver nenhum jogo do Sporting, embora tenha mais uma vez bilhete de época (o que acontece desde 2003). Os motivos são vários: casamentos, festas, ausências de Lisboa, o facto de serem ao Domingo depois das 20h ou à Segunda (recuso-me a ir à bola a essas horas) e falta de companhia.

Não tive oportunidade de ver muitos jogos pela televisão, alguns via apenas partes.

Hoje posso afirmar que vou ver a primeira parte completa, sentadinho à lareira. Vai saber bem. Vou poder avaliar os jogadores do Sporting.

Infelizmente os anos passam e a soma de títulos não aumenta, a única coisa que aumenta ano após ano é são as dívidas acumuladas. É triste ver que o investimento (desperdício) feito nos últimos anos não deu resultados.

Não consigo perceber a estratégia do clube. Se nos últimos anos tinha apostado na formação, num ano isso desapareceu. Contratamos jogadores na casa dos 30 que ganham mais do 5 jogadores juntos da formação, vendemos os jogadores formados no clube (alguns por uma simples birra), os que sobram emprestam-se ou ficam fora da equipa. Então qual é o caminho que estamos a seguir?

São precisam mudanças agora, já a pensar na próxima época, esta está perdida. Não é a Liga Europa ou a Taça da Liga que vai fazer desta época, uma boa época.

Vamos lá então ver o Sporting.

Allez...

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Leis do trabalho

Durante os últimos meses temos ouvido falar que a "Europa" pressiona Portugal a alterar as leis laborais para (previsivelmente) facilitar os despedimentos.

Mas é facilitando os despedimentos que se vai sair da crise? É assim que a economia vai crescer?

Nos últimos 2 anos foram despedidas centenas de milhares de pessoas com a actual lei. Para quê mudar a lei? Para chegarmos a 20% de desemprego? Ou para os empresários fecharem as empresas a custo zero e irem gozar o dinheiro que os trabalhadores ajudaram a amealhar?

Não entendo esta discussão.

Recomendo lerem o artigo do director do Jornal de Negócios, Pedro Santos Guerreiro.

Não devemos facilitar os despedimentos, deve-se sim procurar dar as melhores condições possíveis para as empresas aumentarem a sua competitividade. Hoje temos de pagar facturas elevadas devido a privatizações de empresas monopolistas (EDP-REN-BRISA-PT-GALP-CIMPOR). O Estado cria as empresas, que depois são vendidas ao desbarato a um grupo restrito de privados que se aproveita do monopólio para ganharem dinheiro sem pensar nas consequências das suas acções.

Assim não vamos lá...

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Mas afinal o que é o Natal?

É uma corrida louca à media markt? Ao toys-r-us? Ao continente? Não sei bem. Também sou um pouco afectado por esta febre. Mas posso dizer com satisfação que sou afectado apenas ligeiramente.

E porque o Natal é muito mais do que compras e dar prendas grandes,caras,bonitas,inúteis, decidi fazer este post para fazer um pouco de publicidade.

Nas rádios que ouço estão a promover campanhas de solidariedade.

A RFM apoia a Acreditar. Organização que presta apoio a famílias que se têm de deslocar por motivos de doença.

A MegaHits apoia a Casa de Santa Isabel. Organização que ajuda bebés e as mães jovens vindas de contextos sociais difíceis.

Há dias no livro do JRS a personagem dizia algo parecido a isto: Praticar o bem é pensarmos o que o outro poderá estar a sentir em determinados momentos, e assim darmos um valor diferente à vida.

Felizmente nunca precisei de pedir nada a ninguém, mas ninguém sabe o dia de amanhã, por isso enquanto puder é minha obrigação ajudar, muito ou pouco não importa.

Porque o Natal não é só dar a quem tem muito, decidi contribuir para estas duas causas.

No fim-de-semana que o BancoAlimentar fez a campanha de recolha de alimentos não pude contribuir porque foi o fim-de-semana em que a minha irma casou, mas já tive oportunidade de dar alimentos através do Pingo-Doce e do Jumbo.

Reparei que 3.5€ dá para 5 Kg's de esparguete. 5Kg's de espaguete 3.5€. Há quem fume isso num dia e não chega...

P.S. - Não quero dar lições de moral a ninguém, cada um ajuda se quer, e quem quer e se não quer ajudar está no seu direito. Para mim é um dever, já que a sociedade me dá, eu devo dar a sociedade.

Economia Paralela

Parece que a economia paralela representou 24,2% do PIB em 2009. Sim senhor...continuem a não pedir facturas que a economia agradece.

Isto quer dizer que podíamos ter um crescimento económico digno de registo, mas em vez disso estamos constantemente em recessão.

A economia cresce, mas não é declarada. Alias, é declarada em automóveis, viagens, casas, etc..bens de consumo que não se percebe de onde vem o dinheiro.

Exemplo disto foi a promoção da media markt que ofereceu o IVA em todas as compras realizadas entre as 00h e as 3h do dia 8 de Dezembro. A radio popular vai abrir uma loja numa zona próxima e a media markt tomou esta decisão. Resultado? A loja ficou sem artigos, fechou perto das 8h da manhã e a fila de automóveis chegou a 3km. Não há dinheiro?? LOL..comédia só pode.

Gostava de saber quantos restaurantes, cafés, pastelarias, pedreiros, pintores, electricistas, canalizadores, lojas de rua, oficinas, etc pagam IRC. Quantas delas darão lucros? Muito poucas, só aquelas que o negócio não lhes permite entrar na economia paralela...

Quanto a mim, estou de consciência tranquilo. Até quando vou comer um gelado peço factura. Deve ser coisa rara, pela reacção das pessoas ao meu pedido.

P.S. Peço desculpa a quem tem negócios nas áreas acima indicadas e o faz de forma correcta, mas certamente reconhecem que são casos raros, uma vénia para eles.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Os livros de JRS

Como prometido, vou falar sobre os romances de José Rodrigues dos Santos.


2002 A ilha das Trevas
Fala sobre a passagem dos Portugueses em Timor. Da altura da invasão Indonésia em 1975 e do referendo de 1999 que culminou no massacre de Santa Cruz. Um romance que cativa desde o inicio a nossa atenção e nos prende à personagem principal, Paulino.


2004 - A Filha do Capitão
Um relator sobre a presença Portuguesa na Primeira Guerra Mundial, nas trincheiras da Flandres. Fala-nos do amor entre a a personagem principal, o Capitão Afonso Brandão e uma bela Francesa. Na minha opinião o romance menos conseguido de JRS. Demasiado longo nas descrições e com pouca acção, comparativamente às restantes obras.
Ainda assim, dá-nos uma imagem do que terá sido o inferno de milhares de Portugueses na Primeira Guerra Mundial. Sem dúvida uma homenagem aos soldados e às suas famílias.


2005 - O Codex 632
Primeiro romance com a personagem Tomás Noronha. Professor de História na UNL e mestre em línguas antigas e criptanálise. Neste romance é contratado para descodificar uma cifra sobre a identidade de Cristovão Colombo.


2006 - A Fórmula de Deus
Segunda aparição de Tomás Noronha, que nos permite mergulhar na vida desta personagem que encontra problemas na vida, comuns a muitos Portugueses. Neste romance segue-se uma fórmula de Einstein que nos leva ao Irão. Viajamos ainda pelo Tibete e é-nos apresentada uma personagem descrita como apaixonante, a bela Ariana. Tomás é recrutado pela CIA e pela primeira vez vê a sua vida em perigo, fruto das várias experiências em torno da existência
de Deus. O primeiro livro de JRS que li, e sem dúvida cativante do início ao fim


2007 - O Sétimo Selo
Talvez a melhor aparição de Tomás Noronha. Este romance fala-nos da importância da energia nas nossas vidas, mais propriamente do Petróleo. Uma visão assustadora do que nos espera com o fim do Petróleo, bem como de um negócio mundialmente lucrativo controlado pela OPEP.
Mais uma vez viajamos pelo Mundo, percorremos o transiberiano (uma viagem fantástica que dá vontade de fazer na realidade), passamos pelo Médio Oriente e vamos terminar na Austrália. Depois de ler este livro, a vontade de conhecer os locais de passagem da personagem cresceu exponencialmente.


2008 - A vida num sopro
Quando este livro foi colocado à venda, fiquei muito triste, não era com o Tomás Noronha. Mal sabia eu, que ia ser o meu livro preferido. Este romance fala da história de amor entre Luís e Amélia, Um amor proibido que todos tentam destruir. Viajamos para um período da História Portuguesa, a ascensão de Salazar ao poder e a criação do Estado Novo.
Um livro extraordinário. Comecei a ler numa noite, e no final da noite seguinte estava lido, não descansei enquanto soube o final da história.
Final feliz? Final triste? Vale a pena ler sem dúvida.


2009 - Fúria Divina
O regresso do Tomás Noronha. Mais uma vez Tomás é contratado pela CIA para descodificar uma mensagem da Al-Qaeda (6AYHAS1HA8RU).
Uma nova aventura de acção que nos leva ao Paquistão, ao Egipto e muitos outros locais do Mundo de modo a compreendermos as diferentes formas do Islão. A forma de pensar das pessoas do outro lado do Mundo, bem como a realidade em que vivem. Um espelho do Mundo actual e do constante clima de suspeição entre ocidente e oriente.


2010 - O Anjo Branco
José Branco, pai de JRS, ambicionava ser médico para ir para Moçambique. Na década de 60 decidiu criar um serviço revolucionário: o serviço médico aéreo.
Com o desenrolar da guerra colonial, a vida tornou-se cada vez mais agitada na Cidade de Tete. Um dia, seguindo o seu instinto foi verificar o que tinha acontecido numa aldeia perto de Tete, deu com um episódio que viria a ser um dos maiores segredos de Portugal na guerra do ultramar: Massacre de Wyriamu.
Este romance fala-nos da presença de Portugal em Moçambique e mostra-nos o melhor e o pior da nossa presença nas colónias.
Nem tudo foi mau, mas obviamente nem tudo foram rosas.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

José Rodrigues dos Santos - Obrigado!

Confesso que nunca gostei muito de ler, muito menos "coisas" obrigado. Não os li Os Maias, não li A Aparição e todos os outros que nem me lembro que devia ter lido na escola.

Um dia, estava eu na sala com a Teresa, quando sem saber o que fazer peguei no livro A Fórmula de Deus, em menos de 1 semana devorei o livro. Começou aí o gosto pelos romances de José Rodrigues dos Santos.

JRS começou a escrever romances em 2002. Voltou a publicar em 2004 e até agora tem publicado um por ano. Já os li todos. Terminei no sábado o último, O Anjo Branco. Ou seja, vou ficar um ano a ressacar.

Dos 8 romances publicado, o último foi o que demorei mais a ler, cerca de um mês. A razão é simples, os anteriores lia em 2 dias, e passava horas seguidas a ler, às vezes até às 6h da manhã, quando já começava a ficar dia. Durante 2 dias não fazia mais nada sem ser ler. Dois deles, A vida num sopro e O Sétimo Selo, li em pouco mais de 24h. Parecia droga, só queria ler e ler, nem queria saber das descrições, queria era diálogos, queria acção...

Classificaria os Romances da seguinte forma (a ordem em cada nível é indiferente):

MUITÍSSIMO RECOMENDÁVEL:
A ilha das trevas;
A vida num sopro.

Muito recomendável:
Sétimo Selo;
A Fórmula de Deus;
Fúria divina;
Anjo Branco.

Recomendável:
O Codex 632;

Menos recomendável:
A filha do capitão.

Nos próximos post's justifico porque recomendo cada romance, ou não, e faço um pequeno resumo da história.

Até breve...

P.S. Se estiveres com vontade de ler, vai a uma livraria e compra já hoje A ilha das trevas. Não te arrependerás de certeza, se não quiseres gastar à volta de 18€, eu empresto-te.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Segurança no Trabalho

Muito se fala de segurança no trabalho.

Aqui vai um exemplo do que é segurança no trabalho.



Bom fim-de-semana.


quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Mundial 2018, bom ou mau?

Hoje, às 15.00h vamos saber quem organiza o campeonato do Mundo de Futebol de 2018, concorrem Portugal&Espanha, Holanda&Bélgica, Rússia e Inglaterra.

Vamos também saber quem organiza o campeonato do Mundo de Futebol de 2022, concorrem: Austrália, Japão, Qatar, Correia do Sul e EUA. Destes últimos gostava que ganha-se a Austrália ou o Qatar. Não acredito que o Qatar ganhe, penso que a discussão vai ser entre a Austrália e os EUA. Veremos...

Quanto à candidatura onde Portugal se insere, tenho um misto de sentimentos.
Por um lado, seria muito bom para Portugal e para os Portugueses fazer parte da organização do Mundial de Futebol de 2018.

Por outro, parece que somos uma província de Espanha. A realidade é que não temos instalações desportivas para organizar um campeonato do Mundo (estádios com mais de 40mil lugares e o jogo de abertura e a final com mais de 80mil). Como temos estádios relativamente novos, não faria sentido construir mais estádios para cumprir os critérios.

A Espanha tem esses estádios, tem essa capacidade e nós parece que aparecemos como penetras. Espanha apresenta 9 estádios, Portugal 3. Eles vão ter 45 jogos em provavelmente 7 cidades, nós vamos ter 19 jogos em 2 cidades. Ou seja não podemos falar numa organização Espanha & Portugal.

Temos de falar numa organização Espanhola com o apoio de Portugal, e é isso que me deixa um pouco desgostoso. Se não temos capacidade para organizar, mais vale ficar de fora, não andamos a meter-nos debaixo do ombro de ninguém para aparecer na fotografia. Por outro lado se esquecermos este orgulho podemos beneficiar com isto.

Não sei para que lado pender...daqui a 3h já sei o que pensar. No meu ponto de vista a candidatura Holanda&Bélgica está condenada, temos então 2 fortes candidatos: Rússia e Inglaterra.

Tal como a Espanha, a Inglaterra tem condições para organizar um evento destes já amanhã. São um povo que vive e respira futebol por isso se calhar são os mais fortes candidatos. Por outro lado temos a Rússia que nos últimos anos tem emergido no futebol com muitos "mecenas" e que consegue mesmo ter equipas competitivas no futebol Europeu.

Veremos quem ganha.

P.S. Se ganharmos uma coisa é certa: Ou temos TGV para 2018 ou nunca mais o devemos fazer.