sábado, 15 de outubro de 2011

Orçamento de Estado

Em Outubro de 2010, quando o OE para 2011 foi apresentado (pag.48) era esperado um crescimento do PIB de 0.2%. Entretanto o OE foi aprovado com os votos favoráveis do PS e a abstenção do PSD. O défice previsto (pág.105) era de 4.6%, representando 8 mil milhões de Euros negativos.

Entretanto foi alterado o limite do défice para 5.9%, ou seja 10 mil milhões de Euros.

No final de 2010 o Banco de Portugal alterou a previsão(pag.6) de crescimento do PIB para 2011, alterando uma previsão de estagnação para uma recessão de 1.3%.

A meio de 2011 a recessão prevista(pag.7) é mais acentuada e já é prevista uma recessão de quase 2% para 2012.

Nas últimas previsões(pag.93) do Banco de Portugal, era esperada uma recessão de 1.9% em 2011 e 2.2% em 2012.

Ou seja, no último ano, passámos de um crescimento previsto de 0.2% para uma recessão de quase 2% para o ano 2011. Como sabemos o défice é apresentado como uma percentagem do PIB. De 2010 para 2011 a previsão do PIB é negativa, ou seja o PIB não fica igual ao previsto inicialmente é mais baixo do que é esperado. Ou seja, se a diferença entre o que se ganha e se gasta for igual ao previsto no OE-2011 o défice é superior em percentagem visto que o PIB é inferior.

Tem sido falado na comunicação social que há desvios nas contas públicas, mas de acordo com o Banco de Portugal(pag.51) as despesas do Estado desceram nos primeiros 6 meses do ano. Ou seja, o desvio nas contas diz respeito a uma falha na receita e não numa despesa superior. A razão para haver uma falha na receita é o facto de estarmos em recessão e por isso há menos receita para o Estado.

Gostava que me fossem respondidas as seguintes questões:

- Onde estão as gorduras do Estado?

- Há descontrolo da despesa? Ou há falta de receitas?

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