O memorando de entendimento entre Portugal e a Troika foi assinado em Maio de 2011.
Vamos olhar para os dados da dívida pública Portuguesa desde o ínicio do programa de ajustamento e o presente.
De acordo com a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública de Portugal o stock de dívida directa do Estado em Abril de 2011 era de aproximadamente 158 mil milhões de Euros. Os dados mais recentes, de Maio de 2015, falam numa dívida de aproximadamente 224 mil milhões de Euros.Ou seja, o stock da dívida cresceu aproximadamente 66 mil milhões de euros em pouco mais de 4 anos.
Se olharmos para o movimento da dívida podemos ver que em Março de 2011, ou seja excluindo os empréstimos da troika, a dívida era de aproximadamente 152 mil milhões de Euros.
Passados 4 anos, em Março de 2015, Portugal devia à troika aproximadamente 74,5 mil milhões de Euros e a outras entidades aproximadamente 142 mil milhões. (Total de aproximadamente 221 mil milhões de Euros).
Ou seja, de uma forma simplista, Portugal "amortizou" em 4 anos com os empréstimos da troika 16 mil milhões de Euros, mas deve à troika mais de 74 mil milhões.
Não nos podemos esquecer que tívemos também um conjunto de privatizações que permitiram encaixas financeiros na ordem dos 9.5 mil milhões de Euros.
Em resumo, em 4 anos pagámos 16 e para isso vendemos 10 e pedimos emprestados 74.
Necessitamos de ter espírito crítico, caso contrário não passaremos de ovelhas mal orientadas.
segunda-feira, 6 de julho de 2015
segunda-feira, 22 de junho de 2015
Portugal o antes e o depois da Troika
Em 2011 Portugal aderiu a um programa de ajuda externa que permitiu o acesso a dinheiro vindo da Troika em troca de reformas.
Passados 4 anos, e numa altura em que se aproximam as eleições e o fim do programa na Grécia que ainda não se sabe o seu desfeito, vou apresentar dados reais e de fontes oficiais sobre um conjunto de indicadores sociais/económicos/financeiros que nos permitem comparar o ponto de partida e do ponto de chegada. Poderemos assim comparar o antes e o depois do programa e avaliar as consequências do mesmo.
Será que estamos melhor ou pior? Em alguns indicadores deveremos estar melhor, em alguns piores e noutros estaremos na mesma.
O primeiro que apresento é o Produto Interno Bruno (PIB). De uma forma simples o PIB é a riqueza gerada num país. Resulta das actividades quotidianas ou seja de pessoas, empresas e entidades públicas e privadas. O que se produz, o que se compra, o que se investe e o que se exporta.
De acordo com os dados apresentados na PORDATA, que tem como fonte primária o INE e o Banco de Portugal, o ponto de comparação é o PIB de 2011.
De acordo com os dados do INE e do Banco de Portugal o PIB em 2014 é inferior ao PIB de 2011. Ou seja, ao longo de 4 anos a riqueza do país diminuiu. Gerámos menos riqueza em 2014 do que em 2011. Estamos em 2014 a gerar uma riqueza semelhante à riqueza de 2006-2007.
Podemos também verificar que as remunerações pagas em 2014 são mais ou menos semelhantes às remunerações pagas em 2005. Ou seja, o país produz algo semelhante a 2006-2007 e e o nível de remunerações é semelhante ao nível de 2005.
Até amanhã!
Passados 4 anos, e numa altura em que se aproximam as eleições e o fim do programa na Grécia que ainda não se sabe o seu desfeito, vou apresentar dados reais e de fontes oficiais sobre um conjunto de indicadores sociais/económicos/financeiros que nos permitem comparar o ponto de partida e do ponto de chegada. Poderemos assim comparar o antes e o depois do programa e avaliar as consequências do mesmo.
Será que estamos melhor ou pior? Em alguns indicadores deveremos estar melhor, em alguns piores e noutros estaremos na mesma.
O primeiro que apresento é o Produto Interno Bruno (PIB). De uma forma simples o PIB é a riqueza gerada num país. Resulta das actividades quotidianas ou seja de pessoas, empresas e entidades públicas e privadas. O que se produz, o que se compra, o que se investe e o que se exporta.
De acordo com os dados apresentados na PORDATA, que tem como fonte primária o INE e o Banco de Portugal, o ponto de comparação é o PIB de 2011.
De acordo com os dados do INE e do Banco de Portugal o PIB em 2014 é inferior ao PIB de 2011. Ou seja, ao longo de 4 anos a riqueza do país diminuiu. Gerámos menos riqueza em 2014 do que em 2011. Estamos em 2014 a gerar uma riqueza semelhante à riqueza de 2006-2007.
Podemos também verificar que as remunerações pagas em 2014 são mais ou menos semelhantes às remunerações pagas em 2005. Ou seja, o país produz algo semelhante a 2006-2007 e e o nível de remunerações é semelhante ao nível de 2005.
Até amanhã!
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