Necessitamos de ter espírito crítico, caso contrário não passaremos de ovelhas mal orientadas.
segunda-feira, 4 de junho de 2012
sexta-feira, 4 de maio de 2012
"Travel is the only thing you buy, that makes you richer"
Partilharam esta foto hoje no Facebook, com este pensamento:
"Travel is the only thing you buy, that makes you richer", não poderia concordar mais.
Haja capital para investir em viagens...
segunda-feira, 30 de abril de 2012
Bilhetes para o final da Taça de Portugal
Eu estive atento ao site e durante todo o dia esteve indisponível. No final do dia já estava disponível e a bilheteira online estava encerrada.
No final do dia surgiu a seguinte notícia no site da FPF.
"Em apenas alguns minutos, a Federação Portuguesa de Futebol vendeu todos os bilhetes de que dispunha para a final da Taça de Portugal.
O afluxo de interessados foi de tal maneira elevado que o Portal do Futebol esteve em manutenção algumas horas."
Em alguns minutos vendeu qualquer coisa como 6 mil bilhetes. Em alguns minutos? Isso quer dizer que o site funcionou durante alguns minutos para vender milhares de bilhetes e após isso ficou em manutenção durante horas e horas? Coisa estranha...gostava de saber quem foram os felizardos que conseguiram estabelecer ligação com o portal da FPF.
domingo, 15 de abril de 2012
Eleição Tribunal Constitucional
Se me permitem, eu tenho uma sugestão para o CDS!!!
Há uma militante do CDS que trabalha desde os 16, licenciada em Direito, ex-assistente de Direito Administrativo, ex-ministra da Justiça, ex-administradora da CGD e administradora da EDP. Ou seja, uma pessoa muito multifacetada, só lhe falta mesmo ser nomeada para o tribunal constitucional...
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Preço da gasolina e memória política
Disse o candidato a presidente do PSD, Passos Coelho, em 2008 o seguinte:
"Espero que o Governo proceda com a maior urgência à alteração do ISP no sentido de evitar danos ainda mais graves do que aqueles que já se estão a fazer sentir com os preços dos combustíveis (...) É o único instrumento que o Governo tem para actuar rapidamente nesta área, é a única coisa que permitirá que nos próximos meses evitar uma situação de colapso económico que se está a gerar à volta do preço dos combustíveis"
Acrescentou que: "O que será nos próximos meses se esta tendência de evolução dos preços se mantiver?"
Ao qual respondeu: "um colapso na economia portuguesa".
Um outro candidato à presidência do PSD e ex-Primeiro Ministro, Pedro Santana Lopes, disse o seguinte:
"Tenho que ter muita paciência para ouvir as coisas que as pessoas dizem sem saber do que falam (...) se [Pedro Passos Coelho] sabe do que fala, está a errar de propósito. Se não sabe, está a errar sem querer. Mas que está a errar, está a errar"
Acrescentou ainda: "Eu estou muito preocupado há muito tempo com a subida do preços dos combustíveis, mas não podemos é dizer ao Governo para fazer aquilo que não pode ou não deve ainda fazer"
Não nos devemos esquecer, que Pedro Santana Lopes foi o Primeiro-Ministro que se seguiu ao Governo de Durão Barroso, governo esse que decidiu a liberalização dos preços dos combustíveis com o argumento de que os preços iam descer.
Pedro Santana Lopes, concluiu dizendo que "Pedro Passos Coelho ao mesmo tempo defender um Estado liberal e "passar a vida a dizer que o Estado deve intervir na taxação dos preços"."
Passados 4 anos destas declarações, temos o 3º combustível mais caro antes de impostos da União Europeia.
No passado dia 19 de Março de 2012, o actual Primeiro Ministro disse que a questão dos preços dos combustíveis é "matéria que não depende da intervenção do Governo".
E como caminho a seguir diz que "é muito relevante que o País de uma maneira geral saiba tornar-se mais eficiente na utilização da energia e encontrar alternativas aos combustíveis fósseis"
De metro e de autocarro não é de certeza. Caso contrário não se tinham aumentado os preços dos bilhetes 30% no ano passado, reduzido horários, e diminuído o número de carruagens.
Quanto à intervenção do Estado num mercado que supostamente é regulado e concorrencial (digo supostamente, porque se o é, não parece) não acontece, porque o Governo não quer.
E a prova disso é a notícia de hoje, que dá conta que o Ministério da Saúde vai impor um corte de 12% no preço dos medicamentos.
Se o Estado como comprador de medicamentos pode impor um corte de 12% no preço dos medicamentos, porque não pode como comprador de energia impor um corte no preço a pagar pela energia? (seja energia eléctrica ou combustíveis fósseis)
Não se trata de não poder, trata-se de não querer.
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Independência
26 minutos?
H1: 21h de sexta-feira, está a administração da CGD a trabalhar, são avisados da OPA, reunem, avaliam o preço dado pelas acções e decidem comunicar a decisão de forma independente do poder político. Isto é que é trabalhar.
H2: O Ministro das Finanças é informado previamente da OPA, e manda preparar a comunicação de venda. Alguém fica na sede da CGD à espera do anuncio da OPA, assim que é disponibilizada online envia um email para a CMVM e vai finalmente para casa, para junto da família.
Aceitam-se votos.
domingo, 1 de abril de 2012
OPA sobre a Brisa- II
Depois de hoje (ontem) o actual Presidente da Câmara do Porto e ex-vice Presidente do PSD ter dito que achava "inadmissível" que a CGD financiasse um negócio destes. Não se trata de ser apenas inadmissível, trata-se de mais uma vez se puderem estar a misturar interesses privados com interesses públicos.
Que eu saiba a Caixa Geral de Depósitos ainda é um banco público. Detido pelo Estado Português, e não pelo Governo Português. A CGD de de todos nós (teoricamente já sabemos).
Ora, um dos administradores da CGD, escolhido pelo actual governo, é António Nogueira Leite.
Que afirmou que não ia para a CGD trabalhar pelo dinheiro. Na ida para a CGD o "dinheiro não é um assunto essencial", isto porque é uma pessoa que está habituada "a gastar pouco" e por isso pode "viver com pouco".
Curiosamente, disse isto sabendo que há uma excepção na lei do Estatuto dos Gestores Públicos que lhe irá garantir um salário bem superior ao do Presidente da República. Uma das bandeiras do partido que suporta a coligação do Governo. Não é uma medida com que eu concorde, mas andar a defender isto quando se está na oposição e fazer o contrário quando se governa já é algo que os partidos do poder em Portugal nos habituaram.
Depois da questão da excepção do salário, António Nogueira Leite disse que afinal "mais importante do que os salários é a CGD reganhar independência".
Bem, estive a ver o currículo de António Nogueira Leite e é de facto maravilhoso. Digo-o sem qualquer tipo de ironia.
Estamos a falar de uma pessoa que aos 21 anos licenciou-se em Economia na Universidade Católica Portuguesa, aos 24 e 26 anos tinha um Mestrado e um Doutoramento em Economia na Universidade do Illinois. Aos 30 anos tinha a Agregação em Economia na Universidade Nova de Lisboa. Aos 33 anos era já Catedrático na Universidade Nova de Lisboa. Uma ascensão no mínimo fantástica!!!
A chegada a Catedrático dita (mais ou menos) o inicio dos cargos de administração em várias empresas, algumas pública, outras privadas. Houve de tudo um pouco. Até que em 2002 chega à administração da BRISA, da CUF e da Quimigal, 3 empresas com capitais do Grupo José de Mello, em representação desse mesmo grupo.
Diz também ter sido "director-geral da José de Mello, SGPS, S.A., com responsabilidade global sobre Planeamento Estratégico" e que "no âmbito dessas funções foi membro dos seguintes órgãos sociais, no Grupo José de Mello:" e em seguida são apresentados 15 (Quinze) cargos de administração no Grupo José de Mello ao longo dos últimos 10 anos.
Isto de se sair da administração de um grupo privado, seguir para a administração de um banco público e em meia dúzia de meses esse mesmo grupo privado ter recorrido ao banco público para financiar uma OPA no valor de 700 e picos milhões de euros (2/3 deste valor a dividir por 3 bancos, entre os quais a CGD) é no mínimo estranho.
Quero deixar bem claro que não quero, de forma nenhuma, pôr em causa a idoneidade e as capacidades de gestão de António Nogueira Leite. Alias, acabei de fazer um elogio a forma como batalhou/estudou/trabalhou para chegar onde chegou.
Mas, não deixa de ser curioso o facto de um banco público, administrado por uma pessoa que acabou de sair de uma empresa privada, responsável global pelo planeamento estratégico, que se diz com dificuldades de liquidez e necessita de mais 1000 milhões de euros inscritos no orçamento rectificativo de 2012 para cumprir rácios de liquidez, ir apoiar agora um investimento desta ordem de grandeza na actual conjuntura da economia Portuguesa.
Será que é deste tipo de promiscuidade entre o Estado e empresas que falava em 2010 Lobo Xavier?
Será que é deste tipo de promiscuidade que falava em 2010 Paulo Ranger?
Não sei, mas que é curioso, lá isso é!
sexta-feira, 30 de março de 2012
Prioridades de Financiamento - OPA sobre a Brisa
Sabemos também que a negociação da recapitalização da banca foi fruto de muita discussão e está incluída no programa de assistência assinado com a Comissão Europeia, FMI e BCE.
Ao longo do último ano, foram várias as notícias que deram conta que vários bancos utilizaram a garantia do Estado para se financiarem. BES-1; CGD-1; BANIF-1; BCP-1; BES-2; CGD-2; BES-3; BCP-2;
Ou seja, o Estado Português está a dar garantias que paga caso os bancos não possam pagar para que esses mesmo bancos se possam financiar e injectar dinheiro na economia. Se isto está correcto ou não, não tenho opinião formada. Agora que se trata de uma interferência do Estado no negócio entre privados, lá isso trata.
Bem sei que esta decisão não é do actual Primeiro Ministro. Mas foi este Primeiro Ministro que afirmou que "Nós não queremos um Estado que apoie algumas empresas e não outras."
O que está agora a acontecer é exactamente isso. O Estado está a apoiar um conjunto de empresas e outras não. Ora vejamos: A banca não tem matéria prima para vender, o Estado ajuda a banca a adquirir matéria prima. Um restaurante não tem carne para vender, o Estado não o ajuda a comprar a carne que precisa para vender as refeições.
Repito, esta decisão não partiu do actual Governo, já vinha de trás e é uma medida aceite, sugerida e posta em prática para lá da nossa fronteira.
O que me levou a escrever, não é o facto de haver uma linha de financiamento para a banca apoiada pelo Estado. Mas sim o destino que está a tomar esse finaciamento conseguido com a ajuda do Estado.
Isto porque o Estado Português (todos nós) anda pagar juros de um empréstimo de 12 mil milhões de euros da Troika que estão disponíveis para serem utilizados pela banca. Anda o Estado Português a assumir um risco de incomprimento por parte dos bancos quando dá uma garantia e depois o pouco dinheiro que a banca tem disponível para emprestar vai para meia dúzia de empresas/organizações. Isso é que está errado!
O Governo comprometeu-se a ter "uma palavra a dizer nas prioridades de concessão de crédito" quando a banca pedia ajuda ao Estado e neste caso acho que devia dizer se concorda, ou não, com a prioridade que 3 bancos: BCP, BES e CGD estão a dar aos seus escassos recursos num empréstimo ao Grupo Económico José de Mello na OPA sobre a Brisa. Estamos a falar de um valor na casa dos 450 milhões de euros que poderão ir de uma vez só para um único negócio entre particulares em Portugal.
Isto, num momento em que sabemos que o crédito está a diminuir, os spreads a aumentar e a recessão a colocar em alerta o processo de recapitalização da banca.
Curioso é o facto de o BPI, banco que até agora se negou a utilizar a garantia do Estado ter ficado fora deste negócio. Se calhar, tem outras prioridades, deverá ser a influência Espanhola La Caixa...
P.S. As fontes utilizadas nos pedidos de garantia do Estado (comunicação social) não são os melhores, mas essa informação deverá estar disponível na CMVM.
segunda-feira, 26 de março de 2012
Human Rights
I am a free-thinking individual who refuse to be silent. Nevertheless, I can and I must do much more!!!
sexta-feira, 23 de março de 2012
Bloqueio vrs bloquear
Agora, dizer que não existem quando existem é no mínimo ridículo. Foi isso que fez o treinador do Benfica no dia de ontem. Admite que existem bloqueios por parte dos seus jogadores como foram de se libertarem dos agarrões dos adversários. Ou seja, está-se a desculpar com os erros dos outros.
Diz ainda que: "Nas leis do jogo não existe a palavra bloqueio. Existe sim antecipação. Isto é uma forma de alertar para a qualidade das nossas bolas paradas. Não trabalhamos bloqueios, isso é no basquetebol."
e
"O que há é antecipações, diretas ou de espaço"
Ora, isto é mentira! Nas leis de jogo existe de facto a palavra bloquear. Vejam na página 116 das regras do jogo.
"Por “impedir a progressão de um adversário” entende-se colocar-se na trajetória do adversário para o obstruir, bloquear, abrandar a sua corrida, ou obrigá-lo a mudar de direção, sem que a bola se encontre a uma distância jogável para ambos os jogadores."
Diz ainda na página 37, referente aos livres indirectos o seguinte:
"Um pontapé-livre indireto será igualmente concedido à equipa adversária quando, no entender do árbitro, um jogador:
• impedir a progressão de um adversário"
Não se trata apenas do último jogo entre o Benfica e Porto. Se virem as imagens do jogo do campeonato entre o benfica e porto, no 2º golo do benfica o Luisão está fora-de-jogo no momento em que o livre é marcado, não se faz à bola, fica parado literalmente a tentar "impedir a progressão de um adversário". Admito que o árbitro não marque, nem o fora-de-jogo nem o bloqueio. Agora, atirar areia para os olhos das pessoas é que não.
Vejam com os vossos próprios olhos a repetição da jogada (1:50), vista de trás da baliza. Qual é a intenção que o Luisão tem em jogar a bola? Nenhuma!
Ou seja, a bola não estava jogável, o jogador não estava a ser agarrado e o jogador colocou-se em fora-de-jogo numa posição de modo a obstruir/bloquear a passagem dos jogadores adversários. Logo, deveria ter sido assinalada falta neste segundo golo do benfica.
quinta-feira, 22 de março de 2012
Portugal de volta aos mercados II
O nosso Primeiro Ministro já teve a bênção de Ricardo Salgado, que venham os milhões!
Aqui está outra.
segunda-feira, 19 de março de 2012
Privatização dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo
Hoje, sabemos que o Governo quer privatizar os Estaleiros de Viana do Castelo. Uma empresa pública com capitais próprios negativos de aproximadamente 100 milhões de Euros. Resta saber por quanto a venderão. Tal como no caso da EDP, da CP, Águas de Portugal, REN, TAP, ANA, Pavilhão Atlântico, este Governo está com pressa em alienar património para que possa "resolver os problemas um de cada vez". Isto claro, de modo a cumprir o programa da Troika (só algumas medidas é que são para cumprir, a TSU e a redução dos pagamentos à EDP fica para depois).
Sabemos que no caso BPN a privatização, para além do gasto de dinheiro público durante todo o processo, significa a dispensa de 50% dos trabalhadores. Resta agora saber o que significa "salvaguardar o maior número de postos de trabalho possível". Serão 20%? 80%? 100%? Cá estaremos para ver.
O facto de vender património do Estado ao desbarato não me surpreende, não é de hoje.
O que me surpreende é o facto de o Ministro da Defesa admitir publicamente que ao longo dos últimos meses andou a ouvir diversos candidatos para a compra dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo. Disse até, por lapso, que já tem algumas propostas (corrigindo logo a palavra propostas para intenções) à privatização.
- Ora, como pode um governo ter manifestações de intenções/propostas por uma empresa quando não se sabe que a empresa está em processo de privatização?
- Quem foram as empresas/grupos que tiveram acesso a esta informação? A esta intenção de venda? Que critério utilizou o governo para escolher o conjunto de empresas/grupos a quem disse que estava interessado em vender os estaleiros?
- Será isto um exemplo de transparência nas privatizações, quando um conjunto restrito de empresas/grupos têm a acesso a informações antes de os restantes grupos/empresas?
- Tratando-se de um concurso internacional para a venda da empresa pública, como poderá ser o processo de privatização justo e transparante quando existem neste momento empresas/grupos com informações sobre o processo de privatização?
O Ministro da Defesa diz ainda que "nas próximas 8 semanas será possível fechar o modelo de privatização".
Como poderá ser feito um modelo de forma isenta quando já se ouviram algumas propostas, ups intenções, de compra da empresa?
terça-feira, 13 de março de 2012
Ideia engraçada
Aqui fica o filme.
domingo, 11 de março de 2012
Vietame? Onde fica isso?
terça-feira, 6 de março de 2012
Portugal de regresso aos mercados
Um ano passado, o BCE dá crédito ilimitado aos bancos a taxas de juro de 1%. Os bancos Portugueses (e os restantes) que apresentem "activos suficientes e elegíveis como colaterais" podem-se financiar a taxas de juro de 1%.
Ou seja, podem comprar dinheiro a 1% e vender, por exemplo, a 4.5% (ganhando 3.5%) nos leilões que o Estado Português venha a fazer nos próximos tempos.
Aqui está uma excelente notícia para o Governo de Passos Coelho. Se conseguir convencer os banqueiros Portugueses (sabe-se lá como...privatizações? Isenções?...muita forma) a emprestarem dinheiro ao Estado Português, além de ganharem muito dinheiro (imaginem 4% ao ano de 20 mil milhões de euros, são 800 milhões de euros num ano apenas com dinheiro do BCE) podem também salvar o Governo de Pedro Passos Coelho.
Daqui a uns meses voltamos a este tema. Será que estou a adivinhar o que irá acontecer?
Porque é que eu não posso ser "banco"? Ia buscar dinheiro ao BCE a 1% e vendia a 5% sem qualquer perigo, se o Estado não pagar fica o BCE a arder, qual seria a consequência? Julgo que nenhuma!
Aqui está uma boa forma de ir sacar dinheiro aos contribuintes e dar aos banqueiros.
Siga...
P.S. Quem é que irá negociar estes empréstimos? Já estou a imaginar a fila de notáveis pronto para as comissões...ups, negociações!
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
"As pessoas não têm noção do seu poder"
Pode ser visto aqui.
sábado, 25 de fevereiro de 2012
O Estado fora dos negócios? Sim ou não?
"Nós queremos o Estado fora dos negócios. Nós não queremos um Estado que apoie algumas empresas e não outras. Nós não queremos um Estado que manda na Administração e, por via indirecta, ainda nomeia gestores de empresas privadas e que discute ao longo das semanas nas páginas dos jornais quem são os senhores ex-ministros que podem por essa via ser nomeados presidentes de empresas privadas."
Uns meses após ser eleito Primeiro Ministro de Portugal a EDP é privatizada. A privatização já estava prevista no Orçamento de Estado de 2011 que o PSD viabilizou na Assembleia da República. Para quem não se lembra, na negociação do OE entre o PS e o PSD, o PSD foi representado por Eduardo Catroga. Ora, nessa altura, Eduardo Catroga fazia parte do conselho de supervisão da EDP. Portanto, um elemento de uma empresa privada/pública, sugere que o Estado privatize a empresa onde trabalha. Sabe-se lá que interesses estaria a proteger. Seriam os do Estado (sugerindo a venda?) ou a dos privados (utilizando a posição que tinha no PSD para privatizar o resto da empresa)? Uma bela salganhada diria eu!
Após a privatização, há um conjunto de personalidades portuguesas que são propostas para o conselho geral da EDP (recém privatizada). Curiosamente, o senhor que negociou a privatização da EDP no OE2011, que propôs a privatização no programa de governo do PSD, que negociou a privatização da EDP no acordo com a Troika, é escolhido para Chairman dessa mesma empresa. Curiosidade, claro está. Mas os nomes ligados ao PSD não se ficam por aqui, há mais! Até o ex-patrão de PPC foi escolhido para a supervisão da EDP.
Nessa altura, o PM Passos Coelho, disse que o Estado nada tinha a ver com as escolhas dos privados, embora tenha sido informado. Dizem os escolhidos que a escolha nada teve a ver com a carreira política, mas sim com a carreira profissional. Mas, o próprio Eduardo Catroga diz não entender porque apareceu o nome de Celeste Cardona nas listas para o conselho geral de supervisão da EDP.
Tudo isto, para relembrar o que era a convicção de PPC quando foi eleito Presidente do PSD e o que foi entretanto a posição do Governo liderado por PPC sobre as nomeações de pessoas ligadas ao PSD para a EDP.
Agora, passo a explicar o motivo porque acho que isto não faz sentido nenhum!
Ora, ontem estava ver o telejornal da RTP1 quando deu uma notícia sobre a intenção da ENI vender a posição que tem na GALP.
Já sabemos que o Governo liderado por PPC quer o Estado fora dos negócios. Ora, a ENI é uma empresa privada e a GALP tem a esmagadora maioria do capital em mãos de privados. Restam 8% de participação pública na GALP.
Mas, se ouvirem as declarações do administrador da Sonangol (Baptista Sumbe), o próprio diz que o governo Português tem intenções "em manter alguma presença desta alienação da ENI através de empresas Portuguesas". O Governo Português tem intenções de manter alguma presença na GALP na alienação da ENI? Mas afinal o Governo Português quer o Estado fora dos negócios? Ou está-se a meter no negócio de venda de uma posição privada numa empresa privada?
Será que nenhum jornalista/deputado ouviu isto? Não há ninguém que questione o governo?
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Tolerância, rios e imunidade.
Gostei do pouco que vi. Especialmente da questão da imunidade, dos rios e da tolerância.
Ontem, calhou falar da entrevista e acabei por ver toda.
Aqui fica:
sábado, 18 de fevereiro de 2012
EUA and Al Qaeda
"The head of Al Qaeda is calling on Muslims across the Arab world and beyond to support rebels in Syria who are seeking to overthrow President Bashar Assad, and says they cannot depend on the West for help."
Será que depois do veto da Rússia e China na ONU, estamos perante uma pseudo-aliança entre os EUA e a Al-Qaeda na Síria?
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Lição de moral / organização de tempo!
É sempre algo discutível. O que é melhor? Uma fase, duas fases? Não sei.
Se um aluno tem a possibilidade de organizar o seu estudo sabendo que tem 2 fases para fazer os exames, vai fazer da forma que acha melhor. Eu próprio, no 12º ano, fiz exames na primeira chamada e exames na segunda chamada. Assim o intervalo entre exames era maior. Acredito que haja poucos alunos a fazerem os exames todos na mesma fase/chamada.
Com esta declaração, o Ministro Nuno Crato deixa de ter a possibilidade de ter atrasos na entrega de documentos/decisões. Terá sempre o prazo definido há tempo suficiente para o cumprir.
Algo que por exemplo não aconteceu com o Orçamento de Estado de 2012. A discussão teve de ser adiada porque o Governo (da qual faz parte Nuno Crato) não entregou a horas o documento das Grandes Opções do Plano (mais do que uma vez).
Será que nessa altura chamou a atenção dos restantes membros do Governo?
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Ajustamento económico financeiro da RAM
Depois de uma leitura "vertical" no documento, não encontrei o prazo de pagamento do empréstimo. Curioso!!!
Digo isto, porque consta na comunicação social que o prazo de pagamento é de 19 anos, com carência inicial de 4 anos.
E porque é que eu escrevo este post? Escrevo porque o governo regional em funções neste momento na Região Autónoma da Madeira vai a votos em 2015 e a Região apenas começa a pagar a dívida de 1500 milhões de euros em 2016.
Ou seja, este governo negoceia um empréstimo que não irá pagar, hão-de ser outros a pagar (um novo Governo). Isto é no mínimo estranho e caricato quando tanto se fala em Portugal de responsabilidade política.
Será que isto surpreende alguém?
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
O Meu Movimento
Mas, vou ver se agora volto à carga, nenhum de nós pode reagir com indiferença a tudo o que nos rodeia.
Na semana passada foi noticiado que o Governo tinha criado um "fórum" na internet em que as pessoas podiam contribuir com ideias para melhorar o país. Eu, fui lá ver o que andavam as pessoas a escrever.
Confesso que vi uma, e desisti de ver mais. Porquê?
Eu mostro:
Movimento do José António
Jovens dos 18 aos 30 anos que se encontrem na situação de desempregado(a) à procura do 1º emprego passariam a trabalhar por 25% do Ordenado Minimo Nacional.
Devido à elevada % de desemprego jovem (30%), da dificuldade de inserção no mecado de trabalho, da eminente fuga para o estrangeiro através duma emigração em massa do nosso capital humano, da necessidade de aumentar a produtividade das empresas mas com baixo custo, proponho a promoção de oportinadades para os jovens desempregados à procura do seu primeiro emprego, através duma contratação destes jovens, em regime de part-time, trabalhando 4 horas ou de manhã ou de tarde, por 25% do Ordenado Minimo Nacional, com direito a descontos para a segurança social, com direito a férias de 2 dias por cada mes de trabalho e subsidio de transporte. Desta forma motivamos os jovens a procurar activamente a sua inserção no mercado de trabalho e aumentamos a produtividade, alavancando a economia."
Por vezes, penso que temos (como povo) o que merecemos (péssimos governantes) , se as ideias com que o "povo" contribui para ajudar o país a sair da crise são estas, porque não aceitar as decisões dos políticos/empresários para relançarem a economia?
É por mentalidades destas que não saimos da cauda da Europa.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Saldos
Já todos sabemos que muitas vezes os preços aumentam para no dia a seguir descerem e darem ideias que houve uma queda nos preços.
Estes não se dão a esse trabalho, enganaram-se foi no sitio onde deviam colar o preço de Saldo.
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Contratos de investimento
O que acho extraordinário nesta notícia é o facto de o Ministro assumir que esta ajuda do Estado a 8 empresas no valor de 221 milhões de Euros vai resultar num aumento de 280 postos de trabalho.
221 milhões de euros para gerar 280 novos postos de trabalho?
Não será muito dinheiro para 280 novos postos de trabalho? Isto dá quase 800 mil euros por cada posto de trabalho...
E ainda dizem que não há dinheiro.