quarta-feira, 7 de abril de 2010

Manifesto contra energias renováveis

Ainda ontem falei do modo de fazer política, e hoje ao ouvir a TSF constatei que foi apresentado um manifesto por 33 pessoas que é contra a política energética de Portugal.

Eu não sou nenhum perito em energia, longe disso, mas uma coisa faz sentido: Há que apostar nas energias renováveis, caso contrário qualquer dia não há ilhas no Indico nem no Pacífico, e muito menos há ambiente. É insustentável para o ambiente continuar a queimar combustíveis fosseis, assim sendo a alternativa são meios de produção de energia vinda de fontes renováveis.

Se os subscritores não se intitulam políticos, mas sim técnicos, porque não apresentam ideias/alternativas à actual política energética? Não entendo. Qual o objectivo do manifesto?

Se o objectivo é estimular a discussão do tema, tudo bem!! Mas terá sido esta a melhor abordagem? Na minha opinião não. E porquê?

Porque quando a jornalista Margarida Serra fez a questão fulcral: "quais as alternativas que apresentam?". Não apresentam ideias, não dão alternativas, são apenas contra a actual política.

Se há pessoas capazes de apresentar alternativas deviam ser os subscritores do manifesto. Aí sim eu tirava-lhes o chapéu.

Numa coisa estamos de acordo, o valor pago aos produtores de energia é ELEVADÍSSIMO relativamente ao valor pago pelo consumidor por essa mesma energia. Só vejo três soluções. Pagamos mais pela energia que consumimos, recebemos menos pela energia que produzimos, um misto das duas. E que irá ser o consumidor (prejudicado) a pagar isso no futuro não há dúvidas. O problema é que nessa altura já há muito boa gente que ganhou uns belos trocos com isso (beneficiado).

Não chega dizer que se é contra, é necessário apresentar alternativas. Só assim estão a dar um contributo para o desenvolvimento e progresso. Acredito que as pessoas envolvidas no manifesto têm capacidades para discutir o tema, e apresentar alternativas.

Cá estaremos para ver/ouvir as soluções.

1 comentário:

  1. Boas.
    Só vi hoje este post e como não poderia deixar de mandar umas laraxas. Vou escrever por pontos para simplificar:
    1.A aposta nas energias renováveis, não é apenas uma questão de preservação do ambiente ou mitigação das alterações climáticas mas passa muito por questões economicas. A descentralização da produção de electricidade e utilização dos recursos endogenos do pais, promove um crescimento economico saudavel e proventura seguro no médio e longo prazo.
    2. Em relação ao manifesto, é um atentado ao real debate que deveria haver sobre as politicas e estratégias energiticas de Portugal. Como disses-te e bem, o debate deve ser fomentado, a questão é que este manifesto é apenas uma opinião fortemente partidária, tendo em conta as personalidades subscritores...Mira Amaral...Pedro Passos Coelho... deverá ser politico com forte intervenção de academicos, gestores e empresários, para ser realmente ser um debate publico...
    3. Detalhes do manifesto das opções e criticas que referem não cabem aqui, fica para futuras conversas...como nuclear(lolol)
    Abraços

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