terça-feira, 20 de abril de 2010

O trabalho/emprego ideal

Ontem falei de liberdade, hoje falo de trabalho.

Há uns dias falei sobre o que gostariam de ser.

Muitas pessoas trabalham por necessidade e não por prazer, é pena, mas uma realidade cada vez mais visível. Quando mais de 20% dos jovens está no desemprego, não posso deixar de pensar nisso, no que a vida me espera. Até hoje tenho cumprido as minhas missões, mas hoje ninguém pode dizer que tem um emprego para a vida, isso deixou de haver.

Muitos de nós somos estimulados a estudar, porque as pessoas mais velhas ainda vivem na ilusão que um canudo garante um bom posto numa empresa/administração pública, bastando para isso que nos chamem doutores. Esse tempo já acabou, ou está perto disso.

Hoje em dia vivemos noutro paradigma. Antigamente apenas os filhos dos doutores, dos empregadores ou dos endinheirados tinham oportunidade para estudar, e dessa forma protegiam-se uns aos outros. Hoje, os filhos dos empregados e dos mais carenciados também têm essa oportunidade, e ainda bem!! Por isso, a forma de se protegerem é reservarem vagas nas suas empresas para os filhos, primos, afilhados, etc..para que continue tudo para os mesmos.

Esta problemática, levou-me a escrever este post. Porque me faz lembrar a carta que me ofereçam no dia de aniversário, uma carta de candidatura a um trabalho. Essa carta está também relacionado com uma anedota que me contaram, aí vai:

Dois executivos de topo (1 e 2) conversam:

1-Arranja aí um emprego para o meu filho, tem o 12º ano, 25 anos, até agora é só surf e noites, está na altura de começar a trabalhar.

2-Tudo bem posso pôr o gajo como assessor da direcção, ganha 5000€ por mês.

1-Não não, eu quero que ele comece por baixo.

2-Então podemos pagar-lhe apenas 2500€.

1-Não não, mesmo por baixo, para não ter facilidades na vida, para subir a pulso na vida.

2-Pronto tudo bem, pagamos apenas 1500€.

1-Não, eu quero que ele comece a ganhar tipo 500€ mês, para saber o que custa a vida.

2-500€??Não pode ser, para isso ele tinha de ter um mestrado, saber falar fluentemente 3 línguas e ter experiência profissional de 2 anos no ramo!!

Desta vez a moral da história fica para vocês.

3 comentários:

  1. Looool!! Como te percebo António!!! beijinhos

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  2. Infelizmente é esta a nossa realidade...e o maior problema é o mesmo que sempre foi...as pessoas enconstam-se à sombra da bananeira porque "isto está mau" e não trabalham nem lutam por nada. A ideia de que um canudo é tudo faz com que muita gente acabe um curso e não tenha a humildade e "tomates" para fazer alguma coisa abaixo do seu estatuto de doutor...e é por isso que este povinho é infeliz. Não sabem lutar e muito menos viver. Cunhas sempre houve...para quem não as tem ou luta ou fica à espera que chova.
    (eu falo imenso eu sei --')

    Boa semaninha*

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  3. Olá!

    Para mim o grande problema não está em dar trabalho (ou uma mesada) aos amigos/filhos/etc. Cada um gasta o SEU dinheiro onde quer. Qual de nós não acolheria na sua empresa filhos de amigos etc? Eu acolheria, desde que não me dessem prejuízo claro! O problema é quando se dá o que não é do próprio, como diria o sábio: "com o dinheiro dos outros também eu sou muito rico".

    O engraçado é que o fazem em empresas que sendo privadas vivem maioritariamente à conta do Estado. Gostaria de ver as contas das grandes empresas. Dos ditos grandes empresários e verificar de onde vêm as facturas. Aposto que uma grande fatia de receitas vem da administração pública (central, local, empresas municipais, estatais etc).

    Assim sendo, não devia estar preocupado!! Devia era usar o meu canudo para me estarem a servir cafés e a chamarem doutor/engenheiro! Que inútil!!

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