Nunca tinha pensado muito neste assunto. No outro dia, de madrugada, vi uma reportagem sobre o senhor Warren Buffet que utilizou este argumento (entre muitos) para justificar o facto de doar grande parte da sua fortuna à "The Bill & Melinda Gates Foundation". Ele disse que não sabia gastar o dinheiro, nem aplicá-lo à filantropia, por isso o melhor que tinha a fazer era dá-lo a quem o soubesse fazer melhor que ele.
Ao longo da sua vida concluiu que apenas era o que era (um dos homens mais ricos do Mundo) porque a sociedade assim o permitiu. Não gosta de ouvir dizer as outras pessoas que é assim porque tem talento e sabe muito etc...porque se assim fosse porque não seriam ricas no Yemen ou no Sudão? Se calhar porque lá ninguém queria saber de M&A, de gadgets ou de PC's. Chego à conclusão que o senhor é viciado em ganhar dinheiro, mas que no final do ano ao olhar para o que tem não sabe o que fazer a tanto.
"Nas transacções de acções sobrou sempre tanto para mim que agora está na altura de o dar a quem nem sequer sabe o que é uma acção, obrigação, lucro ou prejuízo, apenas quer saber de ter algo para dar de comer aos filhos." , deve pensar ele.
Não devemos desperdiçar a oportunidade de ser, seja o que for, o que a nossa sociedade nos permita/peça, mas nunca nos devemos esquecer que sem ela não teríamos chegado a lado nenhum, e por isso estaremos sempre em dívida para com ela.
Não devemos ser egoístas ao ponto de assobiar para o lado, como tanto ouvimos por aí.
"Wealthy men can't live in an island that is encircled by poverty. We all breathe the same air. We must give a chance to everyone, at least a basic chance."
Ayrton Senna
Sem comentários:
Enviar um comentário